De olho na TV

Avesso do avesso do avesso da leitura

Reinaldo Rosa | 23/06/2014 09:55

VC NA COLUNA – “Hoje vi críticas no Campo Grande News dizendo que é desigual a briga dos pré-candidatos a cargo eletivo que permanecem no ar em veículos de comunicação, até a homologação de seus nomes pelos partidos... Sou jornalista e tenho no rádio o meu sustento, e devido à lei eleitoral devo sair do ar no dia 30, para concorrer às eleições deste ano. O médico, o advogado, entre outras profissões, podem continuar trabalhando e eu não... Pergunto ao colunista Reinaldo Reinaldo Souza Rosa, o que é mesmo injusto? Mas enfim, opinião é assim mesmo...estou apenas manifestando a minha... (Joel Siva)

R DO R – 1; injustiça é quando uma (re) solução não beneficia duas partes. 2; comentário da coluna (de 20/6) fez clara referência a ‘eternos – e conhecidos - candidatos’ (portadores de mandatos) inquilinos de emissoras de rádio e repetidoras de TVs favorecidos por verbas públicas. 3; antes de convenções partidárias (que acontecem ao longo desta semana) ‘o médico, o advogado, entre outros profissionais’ são meros pretensos candidatos.

REPLAY - Segundo a Lei Eleitoral ‘seis de junho de 2014 é a data a partir da qual é vedado às emissoras de rádio e de televisão transmitir programa apresentado ou comentado por candidato escolhido em convenção (Lei nº 9.504/97, art. 45,§ 1º)’. Dia 30/6 - Último dia para realização de convenções destinadas a deliberação sobre coligações e à escolha de candidatos.

INCONGRUÊNCIAS – Lei Eleitoral exige saída de apresentadores de rádio e televisão no dia 6 de junho e os consagra como (reais) candidatos a partir das convenções de 30 de junho. Este um dos ‘furos (que) mantêm apresentadores-candidatos no ar’ abordado na coluna anterior.

VC NA COLUNA II – “Faz teeeemmmpo que falam isso. (detentores de mandato em rádios e TVs). Em meu "achismo", sinceramente penso que em nada influencia. Exemplo, um "famoso" Deputado que tem hoje dois programas de TV e ainda a rádio há muitos anos, e não causa simpatia alguma em muitos. Inclusive sua mulher levou "fumo" nas últimas eleições. Eu, por exemplo, jamais votei ou votaria nele e nem em qualquer um de sua origem. O cara tem que prestar é "na vida real", nos bastidores. Ser um ser humano de verdade, de valores. Enfim, também só dou minha opinião”. (Denise Ferreira)

VC NA COLUNA III – “O grande problema são os políticos profissionais que usam nossa profissão para sua promoção, doando cesta básica na TV. Infelizmente, a não exigência de diploma para jornalista (a discussão não é essa) permite que a profissão seja usada de forma irresponsável, inclusive para atacar seus opositores. O uso político do jornalismo também afeta a credibilidade, mesmo dos profissionais mais sérios. Enfim, não há muito que se fazer”. (Fernando Hassessian)

OK. É SIMPLES - "Não é racional fazer a analogia entre o uso dos meios de comunicação por apresentadores que disputam mandatos eletivos e outras profissões que não possuem semelhante visibilidade. Trafegar por horas nos microfones de uma rádio ou ante as câmeras de TV é abuso de poder, sim; é quebra do princípio de isonomia. Ora, o dentista e o médico atendem pacientes em época de eleição, mas não têm rádio e nem TV para exibir-se”. (Edson Moraes – jornalista)

ATRASOS – “Minha opinião é que deveriam ser proibidos durante o ano todo em que haverá eleições, a aparição de candidatos em programas nestes veículos para que o eleitor desvincule sua imagem popularizada por estes meios e não confunda política com as benesses patrocinadas por estes programas, tipo cestas básicas bolos de aniversários óculos e o caralho a quatro. Por conta disto, Campo Grande regrediu décadas em apenas um ano e dois meses”. (Antonio Mazeica)

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