Zeca do PT é ouvido em investigação contra promotores
Zeca do PT foi o primeiro a ser ouvido em ação que investiga a postura de cinco promotores e um procurador de Justiça, que integraram a força-tarefa criada para investigar o ex-governador.
Ele prestou declarações ao corregedor-geral do MPE, Anísio Bispo dos Santos, desde às 9 horas, na sede do Ministério Público Estadual, no Parque dos Poderes.
Também acompanharam a audiência os procuradores Silvio Cesar Maluf e Wilson Fortes e o ouvidor Celso Botelho, que formam a comissão criada pelo MPE para a investigação.
Depois de quase uma hora e meia, Zeca deixou o prédio e falou rapidamente sobre o processo. Com a mãe, de 97 anos, doente em Porto Murtinho, o ex-governador viajou logo depois da audiência.
Antes, Zeca lembrou que esse "processo é adminitrativo". Ele voltou a dizer que não é contra a instituição, mas contra alguns procuradores.
O petista disse que teve de recorrer ao Conselho Nacional do Ministério Público para que a apuração fosse feita, porque a denúncia foi arquivada pelo MPE.
"Sem nunca ter sido ouvido, fui condenado na mídia nacional. Quero a punição desse grupo irresponsável."
O ex-governador denunciou os promotores Gilberto Robalinho da Silva, Marcus Fernandes Sisti, Clóvis Amauri Smaniotto, Silvio Amaral Nogueira de Lima e Jiskia Sandri Trentin e o procurador de Justiça, Marcos Antônio Martins Sottoriva.
Zeca acusa os seis de terem sido tendenciosos na investigação. Com o fim do governo do PT, o grupo ajuizou 14 ações criminais e 9 administrativas contra Zeca por desvio de verbas no valor de R$ 4,7 milhões.
Hoje, ele não detalhou quais informações forma repassadas para comprovar as acusações contra os membros do MPE. O Ministério Público também não repassou qualquer informação e só no período da tarde deve emitir nota oficial. O caso segue em sigilo de Justiça.
Zeca do PT alegou ser alvo de perseguição e também ajuizou ação de indenização contra o Estado, pedindo R$ 500 mil.