Cidades

Virada do ano faz população reviver sonhos antigos

Redação | 01/01/2010 10:13

"Conseguir a casa própria, quitar as minhas dívidas e se Deus me abençoar ganhar na Mega-Sena", é o sonho da vendedora de loteria Cleonice Souza, de 49 anos, e de muitos outros brasileiros para a virada do ano.

Os pedidos são basicamente os mesmos, paz, saúde e alegria. Para o vendedor ambulante Francisco das Chagas Batista, de 27 anos, esses são os ingredientes para trabalhar e conseguir dinheiro. "Muito mais que em 2009", ressalta.

Nesta passagem do ano, além dos pedidos tradicionais o campo-grandense acrescentou um novo, melhoria no trânsito. "Que diminua a violência, ninguém respeita ninguém. Mesmo passando na faixa você tem que cuidar para não ser atropelado", observa Francisco.

Para o chefe de cozinha Rovner Gomes de Deus, de 18 anos, o trânsito na região central é uma 'bagunça'. Segundo ele, é necessário que haja mais vagas de estacionamento no local. "Levamos um tempão para conseguir lugar para deixar o carro", reclama.

O vendedor Celso Ricardo do Nascimento, de 37 anos, quer aumento na frota do transporte coletivo urbano. "Precisa ter mais ônibus", pede.

Planos - Pessoalmente, Celso pretende concluir a construção de sua casa própria. "E que 2010 seja melhor que este ano", pontua.

Com o ensino médio concluído e o sonho de ser telefonista, Jéssica Adria Gonçalves, de 18 anos, espera conseguir o primeiro emprego em 2010.

"Eu espero poder trabalhar, arrumar serviço e viver melhor", afirma o pedreiro Valdemar Souza da Silva, de 56 anos. Ele quer ainda mais atenção do poder público para o bairro onde mora, o Jardim Anache.

Esse é também o desejo de Vanderson Vieira Chagas, de 19 anos, que sonha ainda com um emprego no ano que inicia.

A costureira Poliana Vieira, de 22 anos, quer a casa própria neste ano. E torce para que o problema do irmão Vanderson, que é o mesmo de milhões de brasileiros, seja resolvido. "Gostaria que melhorasse a questão do desemprego", diz.

Consciência - O representante de vendas Antônio Carlos de Almeida, de 54 anos, sonha com um 2010 em que as questões ambientais tenham mais atenção e soluções.

Ele reforça que os efeitos climáticos da degradação do meio ambiente não vão afetar essa geração, mas teme que os filhos e netos sejam castigados se não forem colocadas em prática medidas de proteção à natureza.

"Os governantes não estão vendo isso. Fazem um monte de reuniões, gastam fortunas e não estão resolvendo nada. Quem vai sofrer é o povo", alerta.

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