Cidades

Transtornado, pai diz que filhos não integravam gangue

Redação | 05/10/2009 09:38

Transtornado e chorando muito, o pai de Altair Gregorio da Silva Roberto, de 18 anos e do adolescente de 16 anos baleado ontem à tarde durante confronto no Vida Nova, saiu em defesa dos filhos e disse que eles não têm envolvimento com gangues.

No boletim de ocorrência sobre o tiroteio, que deixou seis feridos, é informado que Altair seria membro de gangue e também que foi o responsável pelo início do confronto, disparando os primeiros tiros.

O eletricista Edison Silva Roberto, de 39 anos, alega que o filho passou a tarde toda em casa, com a namorada e que em determinado momento "foi até a esquina" e voltou dizendo que o irmão estava baleado, caído.

Neste momento o pai correu para ver o garoto e foi alertado por pessoas que estavam no local de que deveria esperar pelo socorro.

Desesperado, ele pediu para que um carro que estava passando parasse e o levou ao posto de saúde do Nova Bahia. "Fiquei desesperado ao ver meu filho no chão com tiro na cabeça", disse Edson, apontando para a testa.

No momento em que estava no posto, acompanhando os pais e o irmão, Altair foi preso. Os policiais chegaram até ele pela cor da camiseta, que era verde, com base em informações de testemunhas.

Já o irmão adolescente está internado em estado muito grave na Santa Casa de Campo Grande. Edison lamenta que além de estar com o filho entre a vida e a morte, agora também tem que se preocupar com o outro, que está preso.

Enquanto estava na Santa Casa, o eletricista recebeu ligação da advogada, com a qual iria se encontrar na tentativa de resolver a situação do filho mais velho.

O pai alega que o jovem é trabalhador, o ajuda na oficina e que não tem envolvimento com criminalidade. Já o menor tem passagem por furto, mas Edison diz que isso ocorreu porque comprou uma bicicleta sem saber que era furtada.

Agonia - Durante o tiroteio de ontem seis pessoas ficaram feridas. Segundo boletim de ocorrência, o confronto foi entre membros de gangues do Vida Nova e Jardim Anache.

Das vítimas, apenas o irmão de Altair teria envolvimento com o confronto. Os demais eram pessoas que estavam na frente de suas casas.

Um homem, uma mulher, dois adolescentes de 13 anos e uma criança de 10 anos foram atingidos, mas nenhum corre risco de morte, segundo a PM.

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