Cidades

Desastre natural no Japão mobiliza comunidade nipônica em MS

Marta Ferreira e Ricardo Campos Jr | 11/03/2011 10:51

Mais de 11 mil pessoas do Estado vivem no País, distante da região mais atingida

Sul-mato-grossenses ficam em região que não teve tantos estragos, segundo Associação. (Foto: João Garrigó)
Sul-mato-grossenses ficam em região que não teve tantos estragos, segundo Associação. (Foto: João Garrigó)
Onda engole o que encontra pela frente na costa do Japão. (Foto: CNN Internacional)

A catástrofe natural que atingiu o Japão nesta madrugada trouxe preocupação para a comunidade nipônica em Mato Grosso do Sul, por causa dos mais de 11 mil sul-mato-grossenses que moram no País asiático. Além disso, muitos moradores do Estado tem parentes vivendo no Japão e acordaram hoje com a notícia dos terremotos e tsunami que atingiram o País.

Um QG de informações foi montando na Associação Nipo Brasileira, em Campo Grande, para centralizar a transmissão de informações e a busca de contato com pessoas do Estado que estão no Japão.

“Todos nós estamos preocupados, a imagem que nos vimos foi assustadora”, traduziu o presidente da Associação Nipo Brasileira, Bernardo Tibana.

Por enquanto, as notícias são de que nenhum brasileiro está entre as vítimas e não foi localizado morador de Mato Grosso do Sul na região atingida.

De acordo com Tibana, os sul-mato-grossenses que vivem no Japão estão concentrados na região central do País, mais industrializada, próximo a Tokio, Nagoya e Yokoama, onde houve tremor de terra, mas numa magnitune à qual quem vive lá já está acostumado.

O epicentro do terremoto foi a 400 quilômetros de Tókio.

Depois de tsunami, cidade arrasada no norte do Japão. (Foto: Reuters)
Após conseguir contato com sobrinho no Japão, Acelino distribui informações por telefone. (Foto: João Garrigó)

Comunicação dificil- O consultor Múcio Marinho, do projeto Dekassegui, do Sebrae, que oferece apoio aos brasileiros que vão para o Japão em sua volta ao País, informou que já foram feitos contatos com pessoas que estão nessa região e elas relataram dificuldades relacionadas à telefone e ao transporte, uma vez que os serviços foram interrompidos por causa do desastre natural.

Para Acelino Sinjo Nakasato, foi uma manhã de tentativas de falar com o sobrinho, Celso Oshiro, que está na região de Gunma. A ligação só se completou por volta das 10h e o relato foi de um Japão paralisado, mas sem grandes estragos na cidade onde o sul-mato-grossense está.

Após falar com o sobrinho, Nakasato atendeu várias ligações de pessoas querendo saber informações sobre amigos e parentes que vivem no Japão.

Há, desde já, uma preocupação com o futuro, e os impactos do desastre natural na economia do País. “Pode ser que muita gente tenha de voltar”, diz Tibana.

Apesar da preocupação, o clima na Associação é de calmaria e tranquilidade. As notícias são acompanhadas principalmente pela internet e via televisão.

Imagem é de destruição nos locais atingidos. (Agência Reuters)
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