Cidades

Trabalhadores dos Correios em MS “cruzam os braços” por reajuste salarial

Decisão de aderir a movimento nacional foi tomada em assembleia realizada na Capital

Guilherme Henri | 20/09/2017 00:04
Trabalhadores dos Correios durante assembleia realizada nesta terça-feira (19), na Capital (Foto: Divulgação)
Trabalhadores dos Correios durante assembleia realizada nesta terça-feira (19), na Capital (Foto: Divulgação)

Trabalhadores dos Correios de Mato Grosso do Sul aderiram à paralisação nacional da categoria. A decisão foi tomada em assembleia, que foi realizada em Campo Grande e a greve teve início às 22 horas desta terça-feira (19).

De acordo com a presidente do sindicato da categoria, Elaine Regina Oliveira, a greve ocorre devido atraso no início das negociações salariais, redução de direitos e benefícios da categoria, que foram conquistas das Campanhas Salariais anteriores. A empresa também não apresentou proposta de reajuste salarial.

Para o sindicato, a intenção da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) é “empurrar com a barriga” as negociações até o final do ano, embora acordo coletivo tenha expirado no dia 31 de julho, esperando a vigência da “reforma trabalhista” para impor sua redução de direitos e benefícios.

“Esse é o golpe por trás dessa manobra”, afirma Elaine. “Não podemos aceitar o que a direção da ECT está tentando impor. Não vamos aceitar redução em nossos benefícios e no Plano de Saúde. Não aceitamos a retirada do que já está garantido no acordo coletivo atual. E queremos sim reposição salarial. Por isso, a opção da greve é a que nos resta. A greve é um direito constitucional e a nossa arma, o nosso instrumento de pressão para destravar as negociações. Sempre foi assim, não nos iludamos”.

O sindicato da categoria ainda avalia que atual gestão dos Correios, no governo Temer, tem apenas dois objetivos: retirar direitos dos trabalhadores, reduzir seus benefícios, e preparar a privatização.

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