Cidades

Testemunha diz que não havia exaustores para liberar fumaça de prédio

Edmir Conceição | 02/10/2011 09:22
Fogo teria surgido na área de serviço de apartamento no nono andar. (Foto: Simão Nogueira)
Fogo teria surgido na área de serviço de apartamento no nono andar. (Foto: Simão Nogueira)

Parente de uma moradora do condomínio Leonardo da Vinci, na Rua Amazonas, bairro Monte Castelo, em Campo Grande, onde ocorreu incêndio na madrugada deste domingo, disse que o alarme do prédio demorou 15 minutos para tocar e poucos moradores ouviram porque o dispositivo fica em um corredor fechado.

“Ela (a parente) me ligou por volta das 2h30, 2h45. A impressão é que estava tocando o alarme de algum apartamento e não de um incêndio. Os bombeiros demoraram 30 minutos e quando chegaram ficaram meio que perdidos, a mangueira não desenrolava, acho que faltou preparação, mas a segunda equipe foi rápida”, relatou a testemunha, que fotografou os corredores e o desespero de moradores acima do novo andar, onde ocorreu o incêndio.

Informações de outros moradores dão conta de que as janelas basculantes nos corredores estavam todas lacradas. Os bombeiros tiveram que quebra-las. A testemunha que ajudou na retirada de pessoas do prédio disse que não havia exaustores de fumaça. “As janelas basculantes nos corredores e acessos ao elevador de serviço estavam parafusadas”.

Outro detalhe observado pela testemunha é que a porta antiincêndio não fechou. “Faltou orientação aos moradores para que não colocassem obstáculos próximos às portas antiincêndio que deveriam vedar a fumaça e impedir que as pessoas se intoxicassem”, disse um dos moradores, que lamentou a falta de cursos de orientação sobre prevenção de incêndio e simulações de socorro no prédio.

Incêndio deixou as pessoas abaladas. (Foto: Simão Nogueira)
Moradores ficaram apavorados na hora de adotar medidas de emergência. (foto: Simão Nogueira)
Nos siga no