Cidades

Superdotado, aluno garante que não é estudioso e ganha prêmio nos EUA

Luciana Brazil | 10/09/2013 14:59
Gabriel garante que não é estudioso, mas tem facilidade para apreender. (Foto: Cleber Gellio)
Gabriel garante que não é estudioso, mas tem facilidade para apreender. (Foto: Cleber Gellio)

Com apenas 17 anos e um futuro promissor pela frente, o estudante campo-grandense Gabriel Tiago Galdino já coleciona prêmios em programas de iniciação científica. O reconhecimento ultrapassou a fronteira do país e recentemente o estudante do terceiro ano recebeu dois prêmios nos Estados Unidos, na Feira de Ciências Internacional, em Phoenix, Arizona.

Meio sem jeito, ele confirma o que muitos imaginam. No teste do QI (quociente de Inteligência) o estudante foi classificado como superdotado. “É! Fui classificado com altas habilidades”, conta como se tivesse vergonha de dizer.

De óculos, jeito tímido, mas com seriedade de um cientista consagrado, o menino sabe muito bem aonde quer chegar. Diferente de muitos jovens, a profissão já estava definida desde cedo. “Quero fazer química e ser pesquisador. Sempre quis ser cientista. Desde criança sempre fui diferente, sempre me perguntei como as coisas funcionam”.

Gabriel desenvolveu um sabão feito à base um óleo retirado da castanha de caju, que mata as larvas de mosquito da dengue. O feito, orientado pelo professor da UFMS (universidade Federal de Mato Grosso do Sul) Adilson Beatriz,foi premiado no Estados Unidos.

“O líquido da castanha de caju é um resíduo poluente e muito ácido. Tentei encontrar uma forma de retirar a acidez do líquido e transformei em um sabão, que colocado na água mata as larvas da dengue”.

Hoje (10) pela manhã Gabriel foi premiado simbolicamente, na abertura do Fórum Nacional de Tecnologias, em Campo Grande, no Hotel Grand Park, que reúne secretários estaduais e fundações estaduais de amparo à pesquisa.

Elogiado pelo governador do Estado André Pucinelli (PMDB) e pelo secretário executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, Luís Antônio Elias, representando o ministro da Ciência e Tecnologia, Marco Antonio Raupp, Gabriel cativou o público. Sério, ele agradeceu a oportunidade das bolsas de estudos oferecidas pelas fundações de tecnologia.

Além da UFMS, o jovem cientista diz que vai prestar vestibular na USP (Universidade São Paulo), uma das mais concorridas do país. E para muitos, a aprovação é certa.

Ele garante que não é estudioso. “Não preciso estudar. Tenho facilidade para apreender”, disse o sortudo. Hoje, ele está matriculado na escola particular Nova Escola, mas quando ganhou o prêmio cursava o segundo ano na colégio estadual José Maria Hugo Rodrigues, no Bairro Mata do Jacinto.

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