Cidades

Sindicato fará manifestação após presos agredirem policial civil

Viviane Oliveira | 22/11/2015 09:24
Local onde ocorreu a agressão. O policial foi ferido a golpes de barra de ferro. (Foto: divulgação Sinpol)
Local onde ocorreu a agressão. O policial foi ferido a golpes de barra de ferro. (Foto: divulgação Sinpol)

Depois que o policial civil Arlei Marcelo Farias, 38 anos, foi agredido a golpes de barra de ferro na delegacia de Itaquiraí, distante 410 quilômetros de Campo Grande, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul) ameaça manifestação com a entrega das chaves das celas.

O investigador foi ferido na tarde de ontem (21) na cabeça e rendido quando vigiava sozinho 21 presos. Arlei foi agredido com uma barra de ferro serrada da grade da cela, enquanto entregava marmitas aos detentos. Após a agressão, cinco presos fugiram levando a arma e o carro do policial.

Conforme o sindicato, há anos vem cobrando a retirada dos presos das delegacias, pois a função de custódia de presos não é do policial. “É insustentável a permanência de detentos nas delegacias. O que aconteceu com o investigador Arlei é a prova disso”, afirma o presidente Giancarlo Miranda.

A categoria estuda a possibilidade de uma manifestação inédita em todo o Estado com a entrega das chaves das celas às autoridades competentes. “O Sinpol vai convocar uma assembleia para discutir a entrega das custódia de presos”, diz.

Ainda de acordo com o sindicato, o estado de saúde do investigador é estável. Ele recebeu 15 pontos na cabeça e continua internado no Hospital de Dourados.

Superlotação - De acordo com o Sinpol, no dia 18 de novembro a 1ª Delegacia de Ponta Porã, que tem duas celas para abrigar oito presos, estava com 43. Além disso, a unidade não tem ventilação e muito menos luminosidade. Em Chapadão do Sul, a delegacia abriga 25 detentos, porém há uma determinação do juiz da comarca que determina o limite de 12 presos na umidade. Casa haja descumprimento, a multa diária é de R$ 5 mil por preso.

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