Cidades

Sindicato diz que greve nos Correios continua sem prazo para terminar

Viviane Oliveira | 26/09/2011 17:53

De acordo com o sindicato, em todo o estado 70% dos funcionários aderiram à greve

A greve começou no dia 14 de setembro e não tem data para terminar. (Fotos: Simão Nogueira)
A greve começou no dia 14 de setembro e não tem data para terminar. (Fotos: Simão Nogueira)

“A greve dos funcionários da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) continua e não tem dia para acabar”, disse o secretário geral do sindicado dos trabalhadores dos correios no Estado, Alexandre Takachi. Iniciada no último dia 14 em todo Brasil a greve prejudica a entrega de Sedex, Sedex 10, disk coleta e entrega simples.

De acordo com Alexandre, em todo o estado 70% dos funcionários aderiram à greve. “Atualmente somente o serviço de sedex que está sendo feito, mas de forma precária. Não estamos garantindo o prazo de nenhuma entrega”, disse.

Eles não aceitaram a posição da diretoria da empresa, que repetiu a proposta apresentada aos trabalhadores antes da greve, de reajuste de 6,87%, mais aumento real de R$ 50 e abono de R$ 800.

A categoria reivindica 7,16% de reajuste salarial, referente à inflação, reajuste dos vales refeição, alimentação e aumento real de R$ 200. Eles também querem, que o piso salarial, que hoje é de R$ 807, passe para R$ 1.635.

O presidente dos correios, Wagner Pinheiro disse que os funcionários grevistas terão o ponto cortado. Conforme Alexandre Takachi, já entrou com uma ação judicial para que isso não ocorra. “É um direito nosso”, argumenta o secretário geral.

Já a partir de amanhã os bancários de todo o Brasil devem parar por tempo indeterminado. Sindicatos dos trabalhadores e a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) não conseguem se acertar sobre o reajuste anual da classe.

Para Alexandre a greve dos bancários pode fortalecer ainda mais a greve dos correios. “Estamos confiante que vamos conseguir resultado”.

Hoje com faixas e tendas montadas na rua Barão do Rio Branco com a Ernesto Geisel, cerca de 180 funcionários protestaram por melhores condições salariais.

Georgina reclama que suas faturas venceram no dia 26 e até não chegaram.

Mutirão - No último fim de semana, o mutirão nacional organizado pelos Correios entregou 9,4 milhões de cartas e encomendas em todo do Brasil. Além disso, mais de 27 milhões de objetos postais foram preparados para a entrega.

O mutirão é formado por empregados da área operacional e da área administrativa do Correios.

São funcionários que não aderiram à paralisação parcial e continua mantendo a empresa funcionando.

Em Mato Grosso do Sul, o mutirão contou com o trabalho de 253 empregados que, durante o final de semana, entregaram 103 mil objetos e preparam 275 mil para serem distribuídos.

Demora - A diarista Georgina Annes Franco, 49 anos, mora no bairro Tarsila do Amaral. Segundo ela, as faturas de cartão de crédito que era para ter chegado até o dia 20 estão atrasadas.

“Vamos ter que ir até uma agência e pagar com o número do cartão. Por que se não o mês que vem tem juros e não é o correio que vai pagar”, reclama a diarista.

De acordo com Érica do Nascimento Ramos, 25 anos, até agora o seu filho de 10 anos está esperando o MP3 que o pai prometeu. Conforme Érica o pai mora em Rio Verde de Mato Grosso (MS) e lá a situação está mais complicada com a greve.

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