Sindicalista é preso durante operação da PF de combate a pedofilia
Operação foi realizada em Campo Grande e em Bonito; Polícia Federal realizou 12 mandados de busca e apreensão

Um sindicalista foi preso na manhã desta quarta-feira (30) por armazenar conteúdo de pornografia infantil. O homem, que não teve a identidade revelada, foi capturado durante a Operação Patruus II da PF (Polícia Federal), desencadeada em Campo Grande e Bonito - a 300 km da Capital.
De acordo com a PF, o homem usava o computador do sindicato, que fica em Campo Grande, para armazenar imagens de pornografia infantil. Conforme apurado pela polícia, o equipamento era de uso exclusivo dele. O aparelho foi apreendido.
Além do sindicalista, um jovem foi preso em flagrante por porte de drogas. Ao cumprir o mandado de busca e apreensão, a polícia encontrou 200 gramas de maconha. Os agentes da PF recolheram os equipamentos e droga.
Foram 12 mandados de busca e apreensão, sendo 11 em Campo Grande, e 60 agentes envolvidos. Entre os mandados da Capital, sete foram cumpridos em residências e quatro de empresas, como o sindicato e uma empresa provedora de internet. A localização dos suspeitos foi obtida graças à união de uma empresa norte americana com a PF.
Conforme o delegado que comanda a investigação, Marcelo Alexandrino de Oliveira, a empresa localizou IPs - número que computador recebe quando se conecta à internet -, de computadores que faziam armazenamento ou compartilhamento dos conteúdos de pornografia infantil e repassou para a Polícia Federal brasileira.

"Foi se o tempo em que um pedófilo ou qualquer outra pessoa que compartilhe material pornográfico infantil por meio da internet não era identificado, a tecnologia avançou e hoje em dia a PF consegue identificar em tempo real qualquer pessoa que baixe conteúdo de pornografia infantil pela internet", explicou.
A operação começou a ser realizada em julho de 2016 quando a PF prendeu um cadeirante, em Campo Grande, que abusava sexualmente da sobrinha. 'Patruus' em latim significa tio. Conforme informado durante a entrevista coletiva, os pais deixavam os sobrinhos com o tio e ele abusava sexualmente e fazia vídeo das crianças.
Todos os materiais das buscas e apreensões foram levados para a sede da Superintendência Regional da PF em Mato Grosso do Sul, a fim de instruírem procedimento investigatório.