Cidades

Servidores do TJMS fazem "intervalo sincronizado" em protesto na quinta

Ricardo Campos Jr. | 24/03/2015 18:06

Enquanto as negociações de reajuste no Judiciário Estadual não chegam a um desfecho, servidores de todas as comarcas de Mato Grosso do Sul prometem fazer um intervalo sincronizado nesta quinta-feira (26) em tom de protesto pelo não atendimento das reivindicações.

A ideia é que todos os trabalhadores façam o intervalo de 15 minutos os quais têm direito ao mesmo tempo, evitando, assim, prejuízos nos atendimentos. Em nota publicada no site do Sindjus/MS (Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário de Mato Grosso do Sul), o Conselho Geral orienta os funcionários a não extrapolarem o prazo para não receberem qualquer tipo de punição.

Conforme a entidade, o movimento está marcado de 15h às 15h30. Conforme alegação do sindicato, os funcionários têm uma das piores remunerações entre os tribunais do país. A assessoria de imprensa da instituição afirma que a categoria aguarda uma resposta dos dirigentes do órgão e não é descartada possibilidade de greve geral.

Outro lado – Em nota, o TJMS contradiz o Sindjus e afirma que os servidores tiveram reajuste de 20,31%, ou seja, acima da inflação, de 2012 a 2014. Além disso, em 2015 será pago um abono de R$ 200 previsto para ser incorporado ao salário a partir de 2016.

Com relação à política de valorização dos servidores, foram implantados vários benefícios, como auxílio alimentação (que segundo o TJMS passou de R$ 200 para R$ 700 desde que foi criado), adicional de qualificação, auxílio para educação infantil e até auxílio funeral.

Sobre o salário dos funcionários, a nota afirma que Mato Grosso do Sul está na media dos 10 tribunais de pequeno porte do país. Nenhum servidor ganha menos que R$ 2 mil por seis horas de trabalho, segundo garante o órgão, enquanto existem outros estados com vencimentos menores que R$ 1 mil.

Por fim, o TJMS afirma que está analisando o pedido do Sindjus, “levantando-se custos, e havendo possibilidade de serem novamente avaliados, quando da normalização da situação econômica do Estado e do país”.

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