Cidades

Servidores da Segurança têm assembléia unificada dia 18

Redação | 27/03/2009 18:00

Os servidores da Segurança Pública de Mato Grosso do Sul decidiram unir forças e criaram uma entidade que congrega as principais instituições, o Fossep (Fórum dos Servidores em Segurança Pública), que no dia 18 abril terá a primeira assembléia geral.

O objetivo do grupo é enfrentar o governo nas questões salariais e pertinentes à classe. Na pauta estão, como ponto princial, reivindicações salariais.

Um motivo recente de preocupação é projeto de lei "secreto" que foi enviado à Assembléia Legislativa pelo governo, que segundo eles teria os índices de reajuste salarial para os servidores.

"Tudo indica que ele [o governador] vai fazer como em 2008. Ele parece estar se adiantando para não ter manifestações. Talvez ele esteja pensando que a classe vai se contentar com o que ele der. Não vai ser assim", adianta o presidente da ACS (Associação de Cabos e Soldados de Mato Grosso do Sul), José Floriano Melo Irmão que acrescenta: "na terça-feira deve sair da gaveta", primeiro dia de sessão na semana da Assembléia.

Apesar da possibilidade de surpresa, a categoria vai apresentar uma proposta de reajuste e ainda um plano de equiparação salarial para os iniciantes nas carreiras de soldado, agente de polícia e agente penitenciário.

"Queremos que essas funções tenham os salários elevados, gradualmente até 2014, chegando a 60% do salário de um delegado em início de carreira", disse Melo. Levando em conta os valores de hoje, os vencimentos de um soldado iniciante passariam para algo em torno de R$ 4 mil.

Segundo o presidente, este valor já é pago pelas Polícias do Distrito Federal. Ele ainda explica que a data de 2014 seria para que o atual governador, André Puccinelli (PMDB), possa honrar o que for acertado até o fim de um possível segundo mandato.

A assembléia geral da segurança foi marcada para o dia 18 de abril porque o governador se comprometeu a iniciar as conversas com a categoria a partir do próximo dia primeiro. "Vamos ouvir o que ele tem para nos apresentar".

Mesmo aguardando que o primeiro movimento seja feito pelo governo, a classe já adianta que não vai ficar calada caso aconteça como no ano passado, quando receberam apenas 3% de aumento depois de dois anos, mais abono de R$ 100,00.

Em maio, quando foi anunciado o índice, o governo garantiu que até setembro de 2008 convocaria policiais militares para negociar melhorias, mas até agora a reunião não ocorreu. "Em 2007 ouvimos o governo, em 2008 também , mas até agora o governo não ouviu a gente".

André Puccinelli, em recentes entrevistas, disse que não marcou audiencia ainda por não aceitar imposições da categoria.

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