Cidades

Sem receber, funcionários de usina entram em greve

Redação | 23/04/2009 15:20

Desde o dia 10 de abril, os trabalhadores da usina de açúcar e álcool Santa Olinda estão em greve por falta de pagamento. Segundo Oviedo dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Fabricação do Açúcar e Álcool, há mais de um ano a empresa vem atrasando os salários de seus funcionários.

"Acho que a usina virou caso de polícia, uma vez que ela deixa de pagar os proventos de seus trabalhadores e nada acontece", desabafa Santos.

A usina Santa Olinda fica no distrito de Quebra Coco, em Sidrolândia. Segundo Santos, os problemas começaram em 2006 quando a empresa foi vendida para o empresário José Pessoa, proprietário das empresas Agrisuil e CBAA (Companhia Brasileira de Açúcar e Álcool) que controlam a Santa Olinda.

O sindicalista disse que os trabalhadores estão com o salário de março atrasado, parte do décimo terceiro de 2008 também, além das férias. "Fizemos um acordo de que seria pago o salário até o dia nove. Como não foi pago, nós só vamos voltar ao trabalho se eles pagarem tudo o que nos devem".

Nada funciona - Descrente, Santos conta que a empresa têm desrespeitado todas as determinações do Ministério Público. "Já apelamos para todos os órgãos de fiscalização e principalmente ao Ministério Público do Trabalho, mas tudo tem sido em vão. Não tivemos êxito".

"Não dá para entender como uma usina que produz tanto e dá tanto lucro, não paga seus funcionários", critica Santos. Ao todo, são cerca de 630 trabalhadores paralisados e à espera de seus vencimentos.

Conforme o presidente do Sindicato, muitas famílias desses trabalhadores estão até passando fome. "Os atrasos são uma constante e nenhuma atitude foi tomada por qualquer órgão público, deixando assim as empresas à vontade, e nada sendo feito para dar um basta a esse abuso".

De acordo com Santos, os empregados esperam uma reação das autoridades para fazer com que o proprietário da usina arque com suas responsabilidades trabalhistas no Estado. "Alguém tem que nos ajudar, pois é inconcebível uma situação como esta perdurar por tanto tempo", finalizou o sindicalista.

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