Cidades

Sem oficinas, carros da PM encalham na fila para revisão

Redação | 05/10/2009 15:42

A licitação pela modalidade menor preço acabou complicando a situação da Polícia Militar, que tem ficado dias sem viaturas, paradas na única oficina autorizada da Renault, em Campo Grande.

Na última renovação da frota, a concessionária venceu a concorrência, por apresentar menor preço, mas a estrutura para a assistência técnica não é suficiente para a demanda do governo.

Quem faz o trabalho ostensivo nas ruas, reclama que o carro Logan, usado pela PM, também não oferece a resistência necessária para uso intenso e em ruas não pavimentadas.

Policiais, que pedem para não ser identificados, contam que é rotina o "encalhe" de veículos na fila da oficina, e longe do trabalho nas ruas.

Há informações de que, somente para a troca de óleo, viaturas chegam a ficar dois dias paradas. No dia 26 de setembro, o Campo Grande News contou 20 carros estacionados na oficina Renault, da PM e da Polícia Civil.

A questão é delicada, porque o edital de licitação não pode ser elaborado de forma que restrinja a concorrência, já que a concessionária que se sentir prejudicada pode acionar a Justiça alegando que está havendo algum tipo de favorecimento, com licitação de cartas marcadas.

Conforme o governo, são estudados meios para que no próximo edital seja escolhida concessionária que ofereça assistência técnica condizente à demanda, uma vez que, do contrário, quem sofre com as viaturas paradas é a própria população.

Segundo o gerente de pós-venda da Renault, Carlos Henrique Chagas, em média 10 carros chegam na oficina por dia, para manutenção ou revisão. Ele nega o transtorno, devido ao longo tempo de espera pela revisão.

A empresa vendeu 300 veículos para o governo do Estado, que retornam à autorizada a cada 10 mil quilômetros rodados - para revisão periódica, e a cada 5 mil km para troca de óleo.

O responsável assegura que os veículos ficam em média na concessionária apenas entre 1 e 2 dias.

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