Cidades

Sem câmeras, crimes na região Central de Campo Grande ficaram impunes

Graziela Rezende | 06/09/2013 09:59

Prejuízos que somados ultrapassam R$ 200 mil, três “grandes crimes” na região central de Campo Grande estão impunes desde maio deste ano, principalmente, porque não há testemunhas e os locais estavam sem câmeras de monitoramento na ocasião, algo que a Polícia considera como primordial para ajudar na identificação dos suspeitos.

O furto mais recente ocorreu no dia 18 de agosto deste ano, na agência do Banco Bradesco, da Rua 13 de maio com a Marechal Cândido Mariano Rondon, quando bandidos instalaram, durante o dia, explosivos em dois dos nove caixas eletrônicos e retornaram durante a noite para “terminar o serviço”. A quantia levada não foi revelada pela Polícia e, sem câmeras, a quadrilha não teve preocupação alguma de esconder o rosto.

Já no dia 12 de agosto, uma quadrilha com modus operandi totalmente diferente, de acordo com o delegado Alberto Vieira Rossi, responsável pelas investigações, se passou por “falso cliente” e posteriormente anunciou o assalto no local. Eles estacionaram o carro na rua Maracajú, uma quadra adiante, e começaram a monitorar a agência, inclusive vistoriando a Caixa Econômica, que fica em frente, para saber também se poderiam assaltar aquele banco.

Pouco antes do início do expediente, quando o tesoureiro passou por uma falsa porta para colocar dinheiro nos caixas eletrônicos, ele foi rendido. Um dos homens ficou do lado de fora, enquanto a vítima foi agredida e teve de ficar a todo o momento deitada no chão. “O funcionário não viu nada, ficou sob a mira de uma arma e ninguém mais disse testemunhar o crime, por isso não evoluímos em nada até o momento”, afirma o delegado Rossi.

Fuga - Sem as câmeras, a Polícia contou com a ajuda de comércios vizinhos e viu apenas de longe a fuga dos bandidos, que saíram com dois malotes de dinheiro. Os investigadores ainda refizeram o possível trajeto da quadrilha, mas ainda não possui a característica dos bandidos. De lá, foi levado em torno de R$ 130 mil.

No terceiro caso, a quadrilha possuía conhecimento sobre sistemas de alarme, principalmente porque desativou o som e quebrou algumas telhas para entrar na loja de eletroeletrônicos e móveis Casas Bahia, localizada no cruzamento das ruas 14 de Julho com a Cândido Mariano, no dia 18 de maio deste ano.

Ação - Eles, possivelmente observaram o local antes, pois, de acordo com a Polícia, desceram exatamente em um local onde um guarda-roupa deu apoio e posteriormente um balcão. O vidro foi quebrado e eles levaram inúmeros celulares, notebooks, tablets, vídeo-games e ainda arrombaram o cofre da empresa, levando R$ 3,7 mil.

Dos suspeitos, segundo o delegado Fabio Peró, responsável pelas investigações, a Polícia identificou uma pessoa e emitiu um mandado de prisão.

‘“A quadrilha seria de Cuiabá (MT) e formatou todos os aparelhos antes de repassar para outras pessoas. Fomos a cidade e um deles inclusive já estava preso, mas, antes da nossa chegada, foi solto por falta de provas”, explica o delegado Peró.

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