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Seis cidades de MS enfrentam clima seco pelo segundo dia consecutivo

Bruno Chaves | 30/07/2013 17:30
Amigas aproveitam sombra de árvore e tereré gelado para espantar a sequidão (Foto: Cleber Gellio)
Amigas aproveitam sombra de árvore e tereré gelado para espantar a sequidão (Foto: Cleber Gellio)

Com umidade relativa do ar que vai de 16% a 20%, as cidades de Campo Grande, Costa Rica, Sonora, Coxim, Água Clara e Cassilândia enfrentam o clima seco pelo segundo dia consecutivo neste mês. Os índices registrados em Mato Grosso do Sul se assemelham ao de um deserto, onde a umidade pode chegar a 15%.

A relação entre a quantidade de água existente no ar e a quantidade máxima que poderia haver na mesma temperatura é chamada de umidade relativa do ar. Quando a umidade está muito baixa, problemas respiratórios como alergias, sinusites, asmas e outros, tendem a se agravar.

Para que o ser humano consiga desenvolver suas atividades corriqueiras, o ideal é que a umidade do ar esteja acima dos 30%. Nesta terça-feira (30), Campo Grande, por exemplo, registrou umidade relativa do ar de 18%. No dia anterior, o índice ficou em 20%.

“Só com bastante suco, água e tereré para aguentar”, disse o vigilante Leandro Figueiredo, 29 anos, que estava acompanhado da namorada, a estudante Kelly de Arruda, de 19 anos, embaixo de uma sombra de árvore. “Tomamos garapa também”, disse a jovem.

O auxiliar administrativo Ailson Roriz é outra pessoa que recorre aos líquidos para amenizar a sequidão da Capital. Ele conta que todas as vezes que sai de casa, leva uma garrafinha com água. “Chequei a umidade antes de sair de casa e vi que estava na casa dos 19%, por isso resolvi levar água. Mas sempre levo, por recomendações médicas até”, disse.

Sempre que sai de casa, Ailson leva uma garrafa de água para amenizar o calor (Foto: Cleber Gellio)

Segundo a meteorologista do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos de Mato Grosso do Sul), Cátia Braga, até o dia 12 de agosto as temperaturas devem continuar altas, acima dos 30ºC, em Campo Grande.

“Geralmente, a umidade e a temperatura são desproporcionais, ou seja, enquanto uma está alta, a outra fica baixa”, disse Cátia.

Enquanto as temperaturas não amenizam, a população devem ter algumas ações para se prevenir de doenças respiratórias e se livrar de incômodos que surgem com o tempo seco. “Usar o umidificador, lavar o quintal, deixar toalha molhada e bacia na janela ajudam a enfrentar o tempo seco, que é propício para doenças”, opinou a autônoma Priscila Barros Ferreira, 29 anos.

Umidade Relativa do Ar – De acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os índices de umidade relativa do ar registrados nas estações meteorológicas de observação de Superfície Automática em Mato Grosso do Sul foram: 16% em Costa Rica e Sonora; 17% em Coxim; 18% em Campo Grande; 20% em Cassilândia; 21% em Chapadão do Sul; 22% em Jardim, Paranaíba e Porto Murtinho; 23% em Aquidauana; 24% em Três Lagoas; 26% em Miranda; e 28% em Bataguassu.

As cidades que tiveram umidade acima do ideal, 30%, foram: Amambai, Corumbá, Dourados, Itaquirai, Juti, Maracaju, Ponta Porã e Sete Quedas.

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