Secretário de Segurança admite "lei da mordaça" no IML
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, admitiu hoje que determinou silêncio a todos os funcionários do IML (Instituto Médico Legal). A medida foi adotada depois das investigações da morte de Luiz Eduardo Gonçalves, o menino que aos 10 anos desapareceu do Jardim das Hortênsias, onde morava com a família, em 22 de dezembro de 2007. A regra vale para qualquer caso investigado.
Jacini afirma que a Polícia não divulga informações porque o "Caso Dudu", como ficou conhecido, porque existe o segredo de Justiça. Já em relação ao "silêncio" determinado aos servidores do IML, o secretário afirma que os laudos refletem apenas uma versão dos fatos e que somente os delegados detêm todas as informações referentes à investigação.
Para Jacini, as divulgações extra-oficiais aparentavam um conflito de informações e, por este motivo, decidiu pelo silêncio.
O secretário ainda não detalha o Caso Dudu. Adolescentes foram apreendidos e confessaram à Polícia que agrediram o garoto até a morte. O ex-padrasto da criança, José Aparecido Bispo, apontado como mentor do crime, também foi preso.