Cidades

Secretaria admite que não houve planejamento para compra de alimentos em Ceinfs

Graziela Rezende e Leonardo Rocha | 19/08/2013 12:13

O secretário de Educação José Chadid, questionado sobre a falta de alimentos nos Ceinf´s (Centro de Educação Infantil) da Capital, confessou durante a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote, na manhã desta segunda-feira (19), que faltou planejamento por parte da prefeitura para a compra de novos alimentos e por isso a realização do contrato emergencial com a empresa Salute.

“O contrato emergencial foi firmado com a Salute porque houve essa preocupação com a falta de alimentos para as crianças. No início da gestão do prefeito Alcides Bernal (PP), em Janeiro, o estoque estava cheio e, quando começou a esvaziar, tentamos fazer o pregão eletrônico para escolher empresas, porém o Tribunal de Contas suspendeu com a informação de que havia erros no contrato, como por exemplo, a compra de duas verduras para a mesma finalidade”, afirma o secretário.

Após isso, o secretário garante que houve a tentativa de um novo pregão eletrônico, suspenso posteriormente pela prefeitura para que pudessem analisar rodas as amostras. “Eram 58 itens de amostra e uma comissão estava analisando. No período, para que não houvesse falta, foi fechado o contrato emergencial”, comenta o secretário.

Mais uma vez interpelado pelo presidente da CPI, Paulo Siufi (PMDB), sobre sete meses da falta dos alimentos, Chadid disse que a Secretaria de Educação apenas fazia compra, sendo a administração e distribuição por parte da SAS (Secretaria de Assistência Social).

Após a resposta, o relator da CPI, vereador Elizeu Dionísio (PSL), quis saber o motivo da empresa Salute não ter apresentado certidão da vigilância sanitária. Ele disse que a prefeitura recebeu um ofício falando da falta de alimentos no dia 19/06, sendo que no outro dia uma comissão informou da falta e, no outro dia, foi feito o contrato emergencial com a empresa. Na época, ao custo de R$ 4,3 milhões e com valores bem maiores do que os oferecidos antes do contrato, como por exemplo a carne bovina que antes custava R$ 6,68 e passou a valer R$ 8,95.

“Como em 48h foi escolhida a empresa, sem debater as questões que a comissão analisa?”, disse o vereador. “Desde antes já estávamos acompanhando esse processo e sabíamos da possibilidade dessa falta. Na verdade, a prefeitura não estava fazendo uma programação há um bom tempo. Em relação a escolha da empresa, é a central de contas que fez a análise de mercado e documental da empresa”, finaliza o secretário de Educação.

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