Cidades

Rodoviária se despede do movimento de fim de ano

Redação | 30/12/2009 11:31

O atual Terminal Rodoviário de Campo Grande se despede do último movimento de passageiros de fim de ano. Em fevereiro, o desembarque e embarque já serão realizados na nova estação construída na saída para São Paulo.

Apesar de ter embarcado poucas vezes no terminal, a estudante Patrícia Trevissan, de 23 anos, diz se sentir feliz em saber que esta será sua última viajem cuja partida foi na atual rodoviária.

Para Patrícia, o ambiente não é um dos mais agradáveis e o que mais incomoda e a sensação de insegurança. "Uma vez fui assaltada quando aguardava por um ônibus", lembra a estudante que seguia para Presidente Venceslau (SP) onde vai passar as festas de fim de ano.

Com a mesma opinião, Gislanaine Lopes, de 20 anos, diz esperar que a infra-estrutura do novo terminal mude a má impressão da cidade passada pelo atual. "Todo mundo que vem para cá fala mal dessa rodoviária. Aqui é muito perigoso", disse.

Para o casal Mário Vargas Rodrigues, de 57 anos, e Irmã Correia, de 54, o vandalismo é o que mais incomoda. Os dois embarcavam hoje para Aquidauana onde vão passar as festas de fim de ano e disseram que gostariam de já desembarcar em nova plataforma.

"Esperamos que lá tenham mais segurança. Aqui tem muito vândalo circulando", opinou Mário.

Para funcionários de guichês de venda de passagens, a mudança pode até influenciar no aumento de passageiros. "Tem muita gente que não viaja de ônibus para não ter que embarcar aqui", disse um funcionário que preferiu não se identificar.

Já os comerciantes esperam contar com a ajuda divina para não cair no esquecimento. "Confiamos em Deus", disse José Paulino Ribeiro, de 66 anos, proprietário de uma loja dentro do prédio.

Na avaliação do comerciante todos os seguimentos da sociedade esqueceram do comércio naquela região. "Somos desprezados por todos. No centro há policiamento constante, aqui dentro você não ver um policial circulando nos corredores", disparou.

Para José Paulino, as vendas devem cair nos três primeiros meses com a saída do terminal do local. Mas o movimento deve ser retomado em função do fluxo de hotéis na região.

Já o vendedor Manuel Pereira, de 66 anos, vê uma esperança com o projeto de transferência do Camelódromo para o prédio. "Se isso não ocorrer eles vão ter achar uma saída".

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