Cidades

Risco de rebeliões faz agentes desistirem de paralisação

Redação | 05/08/2009 10:26

Mesmo com alerta de motim, emitido pela própria direção do sistema penitenciário, mais uma vez foi reduzido número de agentes penitenciários em plantão no Presídio de Segurança Máxima. A redução, somada a ameaças de morte sofridas pelos servidores por integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), tem motivado os servidores a aderirem a uma nova paralisação.

Porém, o risco de uma rebelião nos presídios do Estado tem barrado o protesto. O alerta emitido pela Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário) impede que os agentes entrem em greve.

A informação é do presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários, Fernando Anunciação, mas ele revela que tem conversado com a direção da Agepen para evitar um novo protesto.

"Um protesto agora não seria benéfico nem para a categoria nem para o Agepen", afirma Anunciação, lembrando das ameaças de rebelião.

Em junho, após seguidas tentativas de fuga, agentes do Presídio de Segurança Máxima da Capital aderiram a paralisação de 24 horas. No protesto, os servidores cobraram aumento no efetivo, melhoria na estrutura do presídio e concurso público.

Em seguida, a Agepen atendeu à categoria e reforçou o número de agentes no plantão. Mas segundo Anunciação, os plantões voltaram a ter 3 agentes em cada pavilhão.

No mês passado, a Agepen emitiu um alerta sobre a possibilidade de motim em presídios do Estado. O documento que indica evidências maiores sobre o risco de rebeliões porque partiu de fonte oficial do Estado e foi encaminhado a todos os diretores de unidades penais de Campo Grande.

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