Cidades

Residentes médicos continuam greve por reajuste salarial

Redação | 18/08/2010 11:01

Os médicos residentes dos hospitais da Capital estão em greve. A paralisação teve início na tarde de ontem, por conta de reajustes na bolsa que os médicos recebem. A proposta feita pelo MEC (Ministério da Educação) e do Ministério da Saúde não foi satisfatória.

Na Capital são quase 300 residentes e cerca de 150 estão de braços cruzados. Eles são lotados no Hospital Universitário, Santa Casa e Maternidade Candido Mariano, onde apenas um residente ficou de plantão.

O objetivo da greve é lutar pela extensão da licença maternidade, reajuste de 38,7% sob a bolsa, melhores forma de aprendizado e, ainda, a concessão de um gratificação como o 13ª na bolsa.

De acordo com o representante dos médicos residentes da Santa Casa, Daniel Gonçalves de Miranda, ontem à tarde houve a primeira proposta do MEC (responsável pela remuneração dos residentes), de reajuste de 20%. A proposta não foi aceita e a greve prosseguiu. Amanhã haverá contra-proposta, onde os residentes devem apresentar o valor de 30%. "Se não for aceito, continuamos paralisados", explica. Apenas o atendimento a emergências é realizado pelos residentes.

O último reajuste, segundo Miranda, foi em 2006. "E mesmo assim, só foi dado após greve de 30 dias", recorda. A bolsa de um residente é de R$ 1.916 e sua carga horária é de 60 horas semanais. O residente é o graduado em medicina que presta concurso público para se especializar em uma área especifica. Ela tem grau de pós-graduação e varia conforme a especialidade (Em pediatria, a residência dura 2 anos, já em neurologia, 5 anos).

Amanhã, os residentes continuam as paralisações, realizando um protesto em frente ao Hospital Regional, a partir das 8h.

A proposta da ANMR (Associação Nacional dos Médicos Residentes), com o reajuste de 30%, será enviada hoje à tarde ao MEC. Eles esperam receber a resposta até sexta-feira.

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