Cidades

Quadrilha monitorava vítimas de assalto há uma semana

Redação | 21/05/2009 16:44

Com as vítimas sob a mira de revólveres, dois assaltantes beberam uísque e vokda e negociaram objetos sem qualquer constragimento durante invasão a casa nas Moreninhas, em Campo Grande.

Seis pessoas da família foram mantidas reféns durante quatro horas. Enquanto isso, outros membros da quadrilha tentavam levar 3 veículos roubados ao Paraguai.

Assustadas, as vítimas pediram para ter os nomes preservados. A primeira a ser rendida foi uma mulher, que chegou em casa às 17 horas.

Segundo a Polícia, Marcos dos Santos Teles, 24 anos, e um garoto de 17 anos estavam à espera da vítima. Na sequência, o marido dela chegou ao local e também foi rendido.

O casal foi amarrado para que os assaltantes esperassem os pais de uma das vítimas, que mora na casa e tem uma caminhonete F-250. Os pais ligaram para saber se estavam bem em casa e a dupla obrigou o casal a dizer que sim.

Quando os pais chegaram também foram amarrados. Entretanto, os assaltantes sabiam que outro morador da casa tem um veículo Astra e aguardaram que ele chegasse. Ele estava com a namorada, que também foi rendida.

Com os carros em mãos, entraram em ação Jouvane Borguesan, 22 anos, Wellerson dos Santos Rolon, 21 anos, Pámela dos Dias, 21 anos, e Paula Fernanda Queiroz de Araújo, 19 anos. Eles eram encarregados de levar os veículos a Ponta Porã.

Um detalhe é que a mãe de Jouvane havia registrado boletim de ocorrência pelo desaparecimento do filho, que hoje "apareceu" já na delegacia.

Apenas os dois que tinham invadido a casa permaneram no local e começaram a separar equipamentos eletrônicos para levar. Com as peças escolhidas, eles passaram à negociação.

A TV seria vendida e uma colcha dada para a mãe de um dos envolvidos na ação. Os dois exigiram que o cofre fosse aberto, sob ameaça de matar uma das mulheres rendidas, na frente dos pais, e que isso seria "por culpa deles próprios". Por "não ter ido com a cara" de uma das vítimas, os bandidos a chutaram.

Durante a ação, a dupla manteve contato telefônico com um possível mandante, que era informado de cada passo do assalto. A Polícia apurou que a ordem para o roubo partiu de dentro do Estabelecimento Penal de Segurança Máxima e que por pelo menos uma semana os movimentos das vítimas foram monitorados.

Denúncia anônima levou à desarticulação da quadrilha. Em operação entre policiais da Deco (Delegacia de Combate ao Crime Organizado) e Garras (Grupo Armado de Repressão e Resgate a Assaltos e Sequestros) os cinco maiores de idade foram presos, mas o adolescente conseguiu fugir.

Os policiais foram à casa e prenderam primeiro Marcos, que teve tempo apenas de avisar ao mandante que "sujou". Já o garoto pulou muros de vizinhos e escapou.

A Polícia Militar de Sidrolândia foi acionada e conseguiu recuperar a caminhonete F-250 e o veículo Gol, que eram levados para Ponta Porã. Já o Astra, que também havia sido roubado, foi localizado abandonado nas imediações do presídio, no Jardim Noroeste.

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