Cidades

Puccinelli diz que não acredita em aquartelamento por confiança na PM

Fabiano Arruda | 23/04/2012 11:46
Governador André Puccinelli concede entrevista nesta segunda-feira. "Os entendimentos continuam”, disse sobre as negociações por reajuste salarial com as polícias Militar e Civil. (Foto: Minamar Junior)
Governador André Puccinelli concede entrevista nesta segunda-feira. "Os entendimentos continuam”, disse sobre as negociações por reajuste salarial com as polícias Militar e Civil. (Foto: Minamar Junior)

O governador André Puccinelli (PMDB) disse, durante entrega de medalhas no comando da Polícia Militar nesta segunda-feira, não acreditar em aquartelamento, pois tem confiança nos policiais militares. “Pelo seu profissionalismo, disciplina e hierarquia”, enumerou.

As polícias Civil e Militar estão em negociação por reajuste salarial com o Governo do Estado e a possibilidade de aquartelamento chegou a ser ventilada na semana passada.

André ainda comentou que existem motivos para diferenciações no processo de negociação e que as diferenciações serão feitas “àqueles que merecem”.

Durante discurso diante dos policiais hoje pela manhã, o governador elogiou a trabalho da PM e garantiu que, em seu governo, "as portas da frente" estão abertas para a corporação. “Os entendimentos continuam”, pontuou, fazendo referência às negociações.

Já o secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, sinalizou que até o dia 2 de maio a situação de reajuste deve ser definida. É neste prazo, segundo ele, que o governador envia mensagem à Assembleia Legislativa com projeto de lei. O texto deve apontar os percentuais de reajuste.

Processo - Ainda sobre as tratativas com as corporações, Puccinelli afirmou hoje que o reajuste da Polícia Civil será abaixo do concedido a policiais militares. “Para a Polícia Civil é de 6%, se não baixar para 5%. O da PM é 10%. Mas vou falar mais depois”, declarou.

Os policiais estão em mobilização por reajuste salarial há uma semana. Na sexta-feira, o TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) considerou ilegais as ações do Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis).

A categoria realizou operação-padrão “tolerância zero” e, na última quinta-feira, fez paralisação por 24 horas. Nesta semana, a previsão era cruzar os braços por dois dias.

Até então, a proposta do Governo do Estado apresentada à categoria foi de 9,15%, mas o Sinpol pede reajuste de 25% ao ano até 2014.

A PM também realiza operação-padrão. A Associação dos Cabos e Soldados vai protocolar nesta segunda-feira uma contraproposta. Na última sexta-feira, em assembleia, os servidores rejeitaram a proposta de reajuste de 10,23% para soldado.

A proposta do Governo aumentaria o salário dos soldados da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros de R$ 1950,00 para R$ 2.149,00. Na contraproposta, a associação pede aumento para R$ 2,5 mil.

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