Cidades

Protesto contra crueldade aos animais reúne cerca de 200 pessoas no centro

Elverson Cardozo e Jéssica Benitez | 18/08/2013 11:00
Para chamar a atenção, ativistas ficaram no cruzamento da 13 com a Avenida Afonso Pena. (Foto: Cleber Gellio)
Para chamar a atenção, ativistas ficaram no cruzamento da 13 com a Avenida Afonso Pena. (Foto: Cleber Gellio)

Pelo menos 200 pessoas participaram, na manhã deste domingo (18), da segunda manifestação “Crueldade Nunca Mais: vem para rua pelos animais”, promovida pela OAB-MS (Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul).

Para chamar a atenção, o grupo, que pede o aumento, no texto do novo Código Penal, da pena para crimes cometidos contra os animais (PLS 236/12), está no cruzamento da rua 13 de maio com a Avenida Afonso Pena, no centro.

Munidos de cartazes e vestidos com a camisa do movimento, os envolvidos estão falando com motoristas parados no semáforo. Alguns condutores, coincidentemente, saíram às ruas hoje e levaram o melhor amigo no carro.

A pedagoga Joyce Pereira, de 30 anos, é uma das participantes. A mulher está acompanhada do marido, Wilian Alves, de 32 anos. Os dois estão distribuindo porções de ração, doada por uma clínica veterinária.

Joyce é mais uma protetora dos animais. Apaixonou-se pela causa cedo. Quando criança, mesmo contra vontade dos pais, recolhia animais abandonados na rua. Hoje, a pedagoga ajuda em uma associação, a Cão Feliz.

O ato deste domingo também reuniu políticos. O vereador Eduardo Romero esteve presente, representando a Câmara Municipal e, em entrevista ao Campo Grande News, disse que, na Casa, já tramita um projeto para a criação de uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Veterinária.

O parlamentar acha importante que ocorram mobilizações como de hoje porque, na avaliação dele, falta conscientização. Já existem leis nesse sentido, que protegem os animais, disse, mas é preciso fiscalização para que elas sejam aplicadas.

Coincidentemente, alguns motoristas saíram às ruas, neste domingo, e levaram a cachorrada. (Foto: Cleber Gellio)

Reivindicação - O movimento pretende que a pena seja aumentada para 2 a 6 anos de prisão. A justificativa é que, no texto novo Código Penal, a pena está fixada em cumprimento de 1 a 4 anos, período para o qual não há previsão de prisão, mas só restrição de direitos, como medidas cautelares, que inclui, entre outros, prisão domiciliar e monitoramento eletrônico, por exemplo.

O ato, que reúne membros do órgão, está sendo realizado em todo o Brasil por iniciativa do movimento nacional de proteção e defesa do animal, por meio do Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal e pelo Movimento Crueldade Nacional.

Na Capital, o envolvidos estão colhendo assinaturas até às 12h. Quem não puder se deslocar pode participar assinar pela internet. As petições estão disponíveis nos sites www.reformadocodigopenal.com e www.crueldadenuncamais.com.br. Mais de 246 mil pessoas já assinaram.

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