Cidades

Produtores fazem apelo para Dilma pagar valor de mercado por terras

Edivaldo Bitencourt, Luciana Brazil e Leonardo Rocha | 13/02/2014 10:37
Chico Maia deixa reunião na Governadoria, onde pediu para André intervir a favor de produtores (Foto: Marcos Ermínio)
Chico Maia deixa reunião na Governadoria, onde pediu para André intervir a favor de produtores (Foto: Marcos Ermínio)

Representantes dos produtores rurais no Estado se reuniram, na manhã de hoje (13), com o governador André Pucinelli (PMDB) para pedir a sua intercessão junto à presidente Dilma Rousseff sobre a compra de fazendas na região do Buriti, em Sidrolândia, a 71 quilômetros de Campo Grande.

O impasse na região, entre índios e produtores, se estende há anos, mas no ano passado, quando invasões de terra culminaram em morte, houve intervenção federal no caso.

Maia explicou que os produtores tem até o dia 27 deste mês para dar uma resposta à União sobre a compra de terras. os produtores não estão contentes com o valor oferecido pelas áreas. O Governo federal propôs pagar R$ 78 milhões. No entanto, os produtores da região estima que a área de 15 mil hectares custe o dobro, cerca de R$ 150 milhões, incluindo-se as benfeitorias.

“Queremos que seja adotado o valor de mercado”, defendeu Maia, que estava acompanhado por outros produtores rurais da reserva de Buriti. “Estamos em outra fase desse protesto que é a negociação”, destacou.

“Neste período é natural que haja a apresentação de propostas e uma discussão sobre o seu valor. Gostaríamos que o governo Federal tivesse mais agilidade neste assunto porque os produtores rurais estão fora de suas áreas. Esperamos que essa situação seja resolvida antes das eleições, pois durante a campanha eleitoral haverá novos 'temperos' e outras discussões em pauta no país”, afirmou ao deixar o encontro na Governadoria.

“Temos que aproveitar que estamos em clima de paz. O governador sempre se posicionou ao lado dos produtores. Sempre deu a sua contribuição nessa negociação”, frisou.

Ele lembrou que os produtores rurais não queriam vender os 15 mil hectares, já que a reserva indígena passará dos atuais 2 mil para 17 mil hectares. No entanto, os proprietários foram convencidos pelo Governo federal a entregar as terras.

“Os produtores estão questionando a técnica usada nos laudos para definir o valor, pois essas não atendem a ideia de mercado”, revelou.

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