Cidades

Preso há um ano, peão ainda aguarda julgamento de crime

Redação | 06/06/2009 11:38

Preso há quase um ano, desde 11 de junho de 2008, no Centro de Triagem, o peão Fagner Gonçalves, 26 anos, ainda aguarda julgamento do atropelamento e da morte do cabo do Exército, Leonardo Sales da Silva, 19. O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul vai decidir se ele vai ou não a júri popular pelo crime, considerado doloso pela polícia e pelo Ministério Público Estadual.

O advogado de defesa Abadio Marques de Rezende é o segundo a assumir o caso neste período. Ele pretende pedir a liberdade provisória do seu cliente. Esta não foi a estratégia adotada pelo antecessor, o advogado Luiz Carlos Saldanha. Devido à comoção causada pela tragédia, ele pretendia manter o peão preso até o julgamento do caso pela Justiça.

Até o advogado de acusação, o procurador de Justiça aposentado Abel Costa de Oliveira, se diz surpreso com a manutenção do acusado preso sem julgamento. "Não é normal, sendo ele réu primário", admitiu em entrevista ao Campo Grande News por telefone de São Paulo.

Ele defendeu a manutenção da tese de homicídio doloso, que pode levar o peão a ser condenado a pena de 30 anos de reclusão. "Ele agiu com dolo, intenção, jogou o carro em cima da vítima, arrastou (por 15 quilômetros) e não o socorreu", defendeu Oliveira.

Como o Tribunal de Justiça não agilizou o julgamento da defesa, contra a realização de júri popular, o advogado Abel Costa de Oliveira analisou que a Justiça tem acatado a tese de homicídio doloso ao manter o peão detido.

Além de ter jogado o carro sobre o grupo de rapazes, Fagner Gonçalves estaria alcoolizado na hora do crime, com a carteira de motorista vencida e não era habilitado para conduzir o caminhão F-4000.

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