Cidades

Presidente do Incra apoia despejo de famílias irregulares em assentamento

Edivaldo Bitencourt e Bruno Chaves | 04/09/2013 16:49

O presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Carlos Guedes de Guedes, afirmou, nesta quarta-feira (4), que não vai tolerar a utilização irregular de lotes da reforma agrária. Ele defendeu a decisão da Superintendência Regional do órgão no Estado, que vem recorrendo à Justiça para retirar quem comprou lotes de forma irregular.

Nos últimos dias, a Justiça concedeu mais de 400 mandados de reintegração de posse. De acordo com o superintendente regional do Incra, Celso Cestaria, cerca de 30 famílias já foram despejadas pela Polícia.

Como houve audiência e reuniões para discutir o assunto, inclusive com pressão dos deputados estaduais, Cestari explicou que as famílias retiradas das áreas que possuírem o perfil da reforma agrária poderão ser reassentadas. No entanto, a decisão da Justiça será cumprida primeiro.

“Quem for pego de forma irregular, será excluído da reforma agrária”, reforçou Guedes, que veio à Capital participar de reunião com os superintendentes regionais do Incra das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul do País hoje e amanhã.

A Fetagri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar) divulgou nota para reafirmar que o órgão pode estar cometendo injustiça na ação de despejo em Itaquiraí. “O INCRA precisa apenas tomar o cuidado para não cometer injustiça com famílias que realmente dependem da terra para sobreviver e que não estão, de forma alguma, especulando com as propriedades”, avisou, por meio da assessoria, o presidente da Fetagri, Geraldo Teixeira de Almeida.

Ele defendeu as 18 famílias retiradas na semana passada do Assentamento Santo Antônio, em Itaquiraí.

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