Presidente aposta em acordo para índios desocuparem Assembleia Legislativa
O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Júnior Mochi (PMDB), disse, no início da tarde de hoje (25), que designou a Polícia Legislativa para negociar com os cerca de 70 indígenas que ocuparam a casa de leis no final da manhã desta quarta-feira, a fim de que busquem um entendimento.
O parlamentar disse que a Assembleia não tem estrutura para que os indígenas pernoitem alí. “A casa não oferece condições e em outras situações parecidas houve um entendimento”, declarou Mochi.
Questionado sobre o que faria se não houver entendimento com os índios, o presidente da casa disse que não pensou nada a esse respeito e que “vamos buscar a paz na conversa”.
O primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, deputado Zé Teixeira (DEM), afirmou que ele já acionou a Sejusp (Secretaria de Estado e Segurança Pública) sobre a ocupação dos índios na Assembleia.
O chefe de segurança da ALMS, coronel Figueiredo, disse que a segurança vai ficar postada no local mas não vai tomar nenhuma atitude. “Isso parte de uma descisão da presidência da casa. Se houver alguma mudança de procedimento nós avisaremos", avisou o militar.
Os índios das aldeias Moreira, Bananal, Córredo do Meio e Alves de Barros cobram celeridade nas ações da CPI do Genocídio e o fim da CPI do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Eles prometem ficar no local até amanhã, quando deverão acompanhar a sessão parlamentar.
Os indígenas disseram que o deputado Zé Teixeira ficou de marcar uma reunião na quarta-feira entre os índios e o governador do Estado Reinaldo Azambuja para discutir o Sepat, um fundo criado para aquisição de terras para indígenas.