Cidades

Postos devem dar prioridade ao grupo de risco com sintomas de gripe

Secretário diz que principal causa de morte é o atendimento tardio

Leonardo Rocha | 03/06/2016 10:37
Secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, diz que foco principal é o atendimento prioritário aos pacientes (Foto: Fernando Antunes)
Secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, diz que foco principal é o atendimento prioritário aos pacientes (Foto: Fernando Antunes)

O secretário estadual de Saúde, Nelson Tavares, reafirmou que o número recorde de mortes pela gripe A, em Mato Grosso do Sul, tem relação direta com o atendimento aos pacientes. Ele aconselhou as pessoas do grupo de risco que tiverem sintomas de gripe, a procurar rápido as unidades de saúde, e esta precisa dar prioridade para o diagnóstico e tratamento.

"Sempre citamos a questão da prevenção, para evitar a doença, no entanto o impacto mais negativo é o tratamento tardio, as autoridades sanitárias sabem disto e a população precisa ter conhecimento. O grupo de risco, no primeiro sintoma deve ir para unidade de saúde", disse o secretário, durante abertura das cirurgias eletivas, no Hospital São Julião.

Tavares ponderou que os postos de saúde precisam estar informados e preparados para estes casos, dando prioridade aos atendimentos. "As estatísticas mostram que o tratamento adequado nas primeiras 48 horas, não se desenvolve a doença, nos 4 primeiros dias tem 80% de evoluir bem".

Ele alerta que em todos os casos graves, que resultaram em mortes, ou a pessoa demorou para procurar a unidade de saúde, ou esta a liberou para voltar para casa. "Quando retornaram ao hospital, o estado era complicado, foram para UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), com risco de perder a vida".

Apesar da comoção em relação as vacinas, o secretário disse que o foco principal precisa ser o atendimento. "O governador tem razão quando fala da atenção básica, o importante é evitar o agravamento das patologias, com a evolução da doença".

Recorde - Foram registrados até o momento 32 mortes em função da gripe A, provocada pelo vírus H1N1, em Mato Grosso do Sul. Foi o recorde desde quando a doença foi detectada em 2009, em epidemia no México.

De 1.096 exames realizados pelo Lacen (Laboratório Central) este ano, 422 confirmaram a doença em pacientes de todo Estado, sendo 114 somente em Campo Grande. No total, 615 pacientes ainda aguardam o resultado dos exames para confirmar se estão contaminadas. O governador Reinaldo Azambuja (PSDB) declarou que o número de casos segue o padrão dos anos anteriores.

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