Cidades

Portarias autorizam extradição de Abadia aos EUA

Redação | 20/08/2008 09:57

Portarias publicadas hoje no Diário Oficial da União, assinadas pelo ministro da Justiça Tarso Genro, autorizam a extradição do traficante Juan Carlos Abadia aos Estados Unidos. A decisão tem como base o deferimento, em 13 de março pelo STF do pedido feito pelos advogados do colombiano.

A intenção do governo, segundo o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, é de que Abadia deixe o Brasil em no máximo uma semana. Ele cumpre pena no Presídio Federal de Campo Grande há um ano. Para que o processo seja organizado, ainda falta a sanção do presidente Lula.

"Temos que causar o maior grau de letalidade possível às organizações criminosas. No caso de Abadía, tenho convicção de que a extradição imediata dele vai cumprir melhor esse objetivo, pois as investigações relacionadas a ele no Brasil já foram esgotadas", disse Tuma ao jornal Folha de São Paulo.

No Brasil, Abadía foi preso em agosto do ano passado e condenado a 30 anos e cinco meses de prisão e ao pagamento de multa de R$ 4,32 milhões, por lavagem de dinheiro, uso de documentação falsa, formação de quadrilha e corrupção ativa. A extradição vale, independente da pena estabelecida no Brasil.

Nos EUA ele é acusado de 15 assassinados e apontado pela agência anti-drogas norte-americana, como um dos maiores traficantes do mundo. Como líder do cartel colombiano, teria enviado mil toneladas de cocaína aos Estados Unidos.

Em março, o STF (Supremo Tribunal Federal) autorizou por unanimidade a extradição, apesar da restrição de que eventual prisão perpétua ou pena de morte seja convertida a 30 anos de prisão, como prevê a legislação brasileira.

No dia 8 de agosto foi divulgada a descoberta de um esquema envolvendo Abadia e Fernandinho Beira-Mar, ambos presos em Campo Grande, para sequestros e intimidação de juízes e autoridades no País, incluíndo o filho do presidente Lula como alvo.

As denúncias podem ter acelerado a autorização apra que o colombiano deixe o Brasil.

 

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