Cidades

Por rapidez em “pacificação” em MS, presidente Dilma pede ajuda à igreja

Nyelder Rodrigues | 02/06/2013 16:33

O Governo Federal acredita que a rapidez com que foi feita a o processo de desocupação da fazenda Buriti, em Sidrolândia, foi culminante para que houvesse conflito e acirramento na disputa entre índios e fazendeiros.

A informação foi publicada neste domingo (2) pelo jornal O Estado de São Paulo, que também apontou que presidente Dilma Roussef pediu rapidez aos seus auxiliares nos trabalhos de pacificação no Mato Grosso do Sul. Ela teria ficado chocada com a morte do índio Oziel Gabriel.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, foram escalados para articular acordos a partir desta segunda-feira (3), a fim de suspender momentaneamente as reintegrações de posse no Brasil.

Com tal ação, o objetivo é acalmar os ânimos das partes envolvidas o mais rápido possível, e buscar com mais calma e tempo soluções para os litígios de terra. Cardozo e Adams devem procurar o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Ministério Público para e analisar em conjunto os casos.

Além disso, a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, deve se reunir com o presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), Raimundo Damasceno, e pedir auxílio da Igreja na pacificação, tanto com os índios, como com pequenos agricultores.

Gleisi também vai conversar com a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Até o final deste mês, as autoridades federais devem concluir o estudo que vai indicar as novas regras para demarcações de terras indígenas.

O medo do Governo é que haja novos conflitos que resultem em morte, como aconteceu em Sidrolândia, em que o índio terena Oziel Gabriel, de 35, morreu com um disparo no abdômen na quinta-feira (30) durante a ação de desocupação feita pela Polícia Federal, com apoio do Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações de Especiais).

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