Cidades

Policiais presos pelo Gaeco vendiam drogas apreendidas

Redação | 26/05/2010 16:32

O advogado de um dos envolvidos em esquema desmontado nesta quarta-feira em operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) contou ao Campo Grande News o que conseguiu verificar nos autos do processo.

Almir de Almeida responde pela defesa de Felipe Moreira Barreto, um dos civis acusados de participação no esquema de extorsão e desvio de cargas apreendidas.

Segundo o advogado, a coordenação do esquema estava a cargo de um investigador de Polícia Civil em Campo Grande.

De maneira geral, os policiais eram informados sobre tráfico e carregamentos de drogas e ao recolheram o entorpecente, não registravam a ocorrência, deixando os bandidos livres e desviavam a droga.

Em outra situação, a quadrilha apurava casos de veículos roubados e, se os encontrassem, não devolviam aos donos, vendendo para terceiros.

Ladrão contra ladrão - Um dos depoimentos que constam nos autos relata que os policiais foram acionados para averiguar uma carga de 24 quilos de maconha que estava em uma Saveiro.

Ao constatarem que a informação procedia, o grupo recolheu a droga e o veículo, que estava registrado em nome de um traficante. O dono registrou boletim de ocorrência pelo furto do veículo.

Dias depois, a Saveiro foi encontrada abandonada na Avenida Guaicurus, mas sem a maconha. Os autos apontam que a droga foi vendida por R$ 3 mil, pelos envolvidos no esquema.

"Não sabia"

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