Cidades

Polícia vai intimar "clientes" de falsificador de CNH

Redação | 30/07/2009 09:35

A Polícia Civil vai intimar todas as pessoas que estiverem relacionadas nos papéis , pen-drive e CD-Rom encontrados com Wellington Nunes de Andrade, 26 anos.

Ele foi flagrado na segunda-feira (27), em um cyber café de Campo Grande com 22 habilitações falsas e 27 cópias de CNHs (Carteira Nacional de Habilitação) originais.

O delegado Natanael Costa Balduíno, da 7ª Delegacia, que investiga o caso, afirma que os policiais tentam localizar o endereço dessas pessoas, para intima-las a prestarem depoimento.

Foram encontrados nomes nas CNHs que estavam com ele, no pen-drive e no CD-Rom. Todo o material foi encaminhado para perícia, para exame de autenticidade, que irá confirmar que os papéis são falsos.

Essas pessoas podem ter comprado o documento falso feito por Wellington, assim como o também preso Josué Almada, 57 anos.

Josué foi flagrado encomendando uma CNH porque a sua estava cancelada. Eles se encontraram no ponto conhecido como "Pedra", na Avenida Afonso Pena, e seguiram para o cyber, onde foram presos.

Josué e as demais pessoas podem ser indiciadas pelos crimes de co-autoria de falsificação de documento, falsificação de sinal ou selo público e se forem flagradas utilizando a CNH, por uso de documento falso.

O delegado diz que ainda não há nenhuma evidência de que funcionários do Detran (Departamento Estadual de Trânsito) tenham relação com o caso. No entanto, não está descartada essa hipótese.

Natanael explica que Wellington afirmava aos seus "clientes", que tinha funcionários do Detran que o auxiliavam. A afirmação era feita principalmente a moradores da área rural e semi-analfabetos.

O inquérito sobre o caso deve ser concluído dia 4 de agosto. O depoimento dos "clientes" de Wellington devem ser entregues ao MPE (Ministério Público Estadual) em inquérito complementar.

Wellington disse à Polícia que desde 2008 produzia CNHs falsas. Porém, ele tem antecedentes criminais desde 2007, por uso de documento falso.

As pessoas pagavam até R$ 1 mil para ter uma CNH falsa, valor que chega a ser 100% maior que do processo lícito para obter o documento. A Polícia também investiga quantas CNHs falsas foram produzidas por ele.

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