Cidades

Polícia vai instaurar inquérito para investigar caso de racismo em restaurante

Elverson Cardozo | 24/07/2013 18:35

A Polícia Civil vai instaurar inquérito por injúria discriminatória para investigar o caso de racismo envolvendo um garçom e um cliente do restaurante Indez, em Campo Grande, no último sábado (20).

Segundo o titular da 1ª delegacia da Capital, Wellington de Oliveira, já foi expedida uma ordem para localizar as testemunhas e identificar as pessoas envolvidas no fato.

O proprietário do restaurante, Renato Marcondes, está na lista para ser ouvido, assim como o gesseiro Daniel dos Santos Araújo, 45 anos, que fez a denúncia.

A polícia quer saber se a atitude do garçom é uma pratica comum no estabelecimento ou se esse foi um caso isolado.

Entenda o caso – Neste sábado, o gesseiro Daniel dos Santos Araújo, de 45 anos, procurou a polícia para registrar um boletim de ocorrência pelo crime de racismo. Negro, ele alega que foi discriminado por um garçom do restaurante Indez, localizado na Antônio Maria Coelho.

No dia, o gesseiro relata que estava trabalhando em um local próximo ao restaurante e, por volta das 11h, com sede, decidiu comprar água. Por comodidade, rumou para o ponto de comércio mais próximo. Na entrada do restaurante, para se certificar, perguntou a um dos dois casais que estavam na calçada se ali vendia água. Com a resposta positiva, se dirigiu ao garçom.

Na segunda-feira (22), em entrevista ao Campo Grande News, ele relembrou o que aconteceu: “Pedi a água. Mesmo sem perguntar o preço, o garçom já falou que era R$ 3,50. Depois, ele disse que não vendiam água no restaurante e sugeriu que eu fosse a um posto no cruzamento da Espírito Santo com a Mato Grosso. O garçom disse que lá era baratinho e pertinho”.

Daniel foi ao local, comprou a mercadoria, comentou o caso a uma funcionária que o orientou a procurar a delegacia. Ele ligou para o 190, onde recebeu a sugestão de pedir que uma pessoa branca tentasse comprar a mesma garrafa de água.

A missão foi cumprida por um sobrinho (branco) da vítima de discriminação, que comprou a água por R$ 3,30 e sem problemas.

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