Cidades

Polícia Federal apreende armas com Tonho da Onça e Beatriz Rondon

Fabiano Arruda | 29/07/2011 11:49

PF pediu prisão dos acusados, mas Justiça negou

Beatriz Rondon é fazendeira na região do Pantanal.
Beatriz Rondon é fazendeira na região do Pantanal.

A Polícia Federal apreendeu armas com dois dos principais envolvidos em denúncia de caça ilegal de animais silvestres, especialmente, a onça-pintada.

Uma das armas foi encontrada em fazenda da pecuarista Beatriz Rondon, no município de Aquidauana. Ela foi encaminhada à superintendência da PF em Campo Grande.

Outra arma foi achada em Rondonópolis (MT) com o Tonho da Onça, principal protagonista da Operação Jaguar I.

“A Polícia Federal pediu a prisão de envolvidos, mas a Justiça entendeu que não há justificativa para as prisões. Pela nova legislação boa parte dos pedidos de prisão cabe fiança”, explica o delegado.

Segundo informações do delegado da Federal em Corumbá, Alexandre do Nascimento, as ações de hoje têm por objetivo arrecadar novas provas e apreensão de materiais, na fase complementar da Operação Jaguar 2, referente

Nesta sexta, os federais cumprem seis mandados de busca e apreensão: dois em Corumbá, um em Campo Grande, dois em Aquidauana e um em Rondonópolis (MT).

Participam das ações de hoje pelo menos 25 policiais federais, dois policiais militares ambientais e quatro servidores do Ibama. Segundo informações da Federal, os mandados foram expedidos pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.

O caso - A Jaguar 2, cuja as investigações já duram mais de um ano, foi desencadeada em 5 de maio para desarticular quadrilha que promovia safáris.

Na ocasião, foram apreendidos dois crânios de onça, três metros e meio de couro de sucuri e 12 galhadas de cervo, além de armas. Até uma mala confeccionada com couro de onça foi encontrada.

A operação é desdobramento da Jaguar I, desencadeada no ano passado. As investigações começaram a partir de um vídeo, enviado por um americano à Polícia Federal, que mostra um safári turístico na fazenda Santa Sofia, em Aquidauana, a 150 quilômetros de Campo Grande.

O vídeo era utilizado como uma espécie de propaganda da caçada ilegal, que custava de 30 a 40 mil dólares por safári, com direito a passagem, alimentação, translado, hospedagem. O prêmio era o que o caçador conseguisse abater.

As imagens que circularam em todo País são chocantes. Mostram um dos caçadores atirando contra uma onça que estava no alto de uma árvore. Após o disparo, o animal despenca e, ao solo, é cercado por cães. Num dos trechos, Beatriz Rondon afirma que se tratava de uma fêmea muito bonita, mas que estava matando os gados de sua fazenda.

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