Cidades

Polícia faz mistério sobre depoimento de parentes em Caracol

Paulo Yafusso | 08/06/2016 20:08
Guilherme Barcelos foi preso na investigação sobre o assassinato de dois homens, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro de uma caminhonete em Bela Vista (Foto: Arquivo)
Guilherme Barcelos foi preso na investigação sobre o assassinato de dois homens, cujos corpos foram encontrados carbonizados dentro de uma caminhonete em Bela Vista (Foto: Arquivo)

Mesmo com o inquérito não estando em sigilo, o delegado da Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) Rodrigo Yassaka, faz mistério sobre a investigação que apura a morte de Guilherme Gonçalves Barcelos, 31 anos, em uma das celas do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros).

Nesta quarta-feira (8) o delegado esteve em Caracol, a 364 km de Campo Grande, onde colheu o depoimento da mulher de Guilherme e do pai dele, o comerciante José Carlos de Barcelos, 54. Porém, ele não quis dar informações sobre o teor dos depoimentos. Procurado pelo Campo Grande News, a viúva de Guilherme não quis falar sobre o assunto e José Carlos estava com o celular desligado.

Yassaka disse apenas que aguarda laudo da perícia feita no local onde Guilherme foi encontrado morto. Extraoficialmente, a informação é de que o laudo da causa da morte apontou suicídio. Guilherme teria usado a calça para se enforcar. Também serão ouvidos os policiais que atuaram na operação que terminou na prisão de Guilherme.

O Campo Grande News apurou que Guilherme Barcelos teria reagido quando os policiais chegaramno último dia 24 até o hotel onde estava hospedado em Campo Grande. Para não ser preso, ele teria inclusive provocado estragos no hotel.

Ele teve a prisão decretada pela justiça na investigação sobre a morte do servidor público estadual Alberto Aparecido Roberto Nogueira, o Betão, e o policial civil Anderson Celin Gonçalves da Silva. Os corpos dos dois foram encontrados carbonizados, na carroceria da caminhonete de Betão próximo ao lixão de Bela Vista, cidade a 322 km da Capital, na fronteira com o Paraguai, no dia 21 de abril deste ano.

Betão é tido como pistoleiro no Estado, mas não teve nenhuma condenação por homicídio e no único processo em que foi acusado de homicídio, foi inocentado.

Betão e Celin teriam ido pescar em Bela Vista quando foram mortos. Outro investigado no caso, Oscar Ferreira Neto, que é filho de vereador de Caracol, está foragido. Na casa do pai dele, a polícia apreendeu duas armas, e uma delas, um revólver calibre 38, pertencia a Betão, conforme reconhecimento feito por amigos dele.

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