Cidades

PM “fica” com preso por cerca de 1h antes de entregar à Polícia Civil

Nadyenka Castro | 25/02/2011 20:10

Ocorrência era de adolescente com revólver

Arma apreendida com adolescente, que estava em atitudes suspeitas com outros jovens. (Foto: João Garrigó)
Arma apreendida com adolescente, que estava em atitudes suspeitas com outros jovens. (Foto: João Garrigó)

Policiais militares ficaram por cerca de uma hora com um adolescente flagrado com uma arma de fogo antes de entregá-lo à Polícia Civil, no fim da tarde desta sexta-feira, em Campo Grande.

Resolução publicada nesta semana pela Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), que já foi alterada, determina que os presos em flagrante tem que ser entregues ao delegado de plantão logo após a prisão.

No fim da tarde desta sexta-feira, policiais militares ficaram com um preso e quatro rapazes apontados como testemunhas, por pelo menos uma hora antes de entregá-lo à delegada de plantão.

Entre 17h30 e 18 horas, os policiais abordaram quatro jovens que estavam em atitudes suspeitas em um Gol, na avenida Marechal Deodoro. Um deles, um adolescente de 16 anos, assumiu ser o dono do revólver calibre 38 encontrado no veículo.

Os quatro foram então levados à Depac-Piratininga, onde há também sala da PM. Lá, eles ficaram por pelo menos uma hora antes de entregar à delegada, a qual recebeu a ocorrência pouco antes das 19 horas.

Os policiais responsáveis pela prisão foram ouvidos e o autor também. Pouco depois das 19h30 os militares, o adolescente e as testemunhas foram liberadas.

O garoto foi autuado por porte ilegal de arma de fogo e liberado para responder ao crime em liberdade. O ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) diz que o menor de idade só pode ficar apreendido em caso de flagrante de grave ameaça à vida e/ou de violência.

Novo texto- Reunião realizada nesta sexta-feira mudou a redação das resoluções publicadas nesta semana. O novo texto será publicado na edição de segunda-feira do Diário Oficial do Estado e diz que será produzido um boletim de ocorrência único para as duas instituições; que a PM poderá entregar os presos a qualquer policial civil de plantão nas delegacias, sem precisar da presença de um delegado e que a PM2 (Serviço de Inteligência da Polícia Militar) poderá investigar crimes brutais, quando solicitado, e os que envolvem militares.

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