Cidades

PF faz perícia para descobrir valor de quadro apreendido em operação

Luana Rodrigues | 14/07/2015 16:01
Quadro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (Foto: Marcos Ermínio)
Quadro foi levado para a Superintendência da Polícia Federal (Foto: Marcos Ermínio)

Durante a operação "Lama Asfáltica", realizada na quinta-feira(9) da semana passada, a Polícia Federal apreendeu além de documentos, uma gravura, que pode ser uma obra de arte de grande valor. O quadro estava "escondido" em um dos locais onde foram cumpridos 19 mandados de prisão.

Conforme a assessoria de imprensa da PF, o quadro passará por análises periciais e só depois será confirmada a origem, o valor e o artista pelo qual foi pintado. A polícia não informou o local onde a gravura foi apreendida, ou o dono do quadro, apenas disse que ele estava "guardado", o que chamou atenção dos agentes envolvidos na operação.

Disfarce - Compra e venda de obras de arte é uma das formas mais comuns no processo de lavagem de dinheiro. A apreensão de obras de arte em operações da Polícia Federal também é frequente. Um exemplo, são as mais de 100 obras apreendidas durante a já conhecida operação "Lava Jato", em março deste ano.

Segundo investigação da PF, a organização criminosa que montou esquemas de corrupção e propinas , lavou dinheiro ilícito por meio da aquisição de obras de arte. As obras de arte eram de artistas brasileiros consagrados como Guignard, Djanira e Heitor dos Prazeres.

Investigação - A operação Lama Asfáltica, deflagrada pela PF, CGU (Controladoria-Geral da União) e Receita Federal, cumpriu 19 mandados de busca e apreensão. As ações foram na mansão de Giroto, na residência de João Amorim, na Proteco, Seinfra (Secretaria Estadual de Infraestrutura) e empresas. O nome da operação faz referência ao insumo usado nas obras identificadas, como pavimentação e ações de tapa-buracos.

Foram apreendidos 100 mil dólares, três mil euros, R$ 210 mil em espécie e R$ 195 mil em cheques. Conforme a CGU, foram verificados contratos de R$ 45 milhões, que tiveram R$ 11 milhões de superfaturamento por meio de sobrepreço ou pagamento além do executado. As obras são do aterro sanitário de Campo Grande (2012) e da MS-430.

De acordo com a Receita Federal, somente duas empresas movimentaram R$ 600 milhões em cinco anos. O alvo é combater uma organização criminosa suspeita de fraudar licitações em obras públicas no Estado. O grupo é acusado de cometer sete crimes: sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, corrupção passiva e fraudes em licitação.

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