Cidades

Pesquisa revela avanço de uma “droga de casa” em Mato Grosso do Sul

Aline dos Santos | 13/08/2014 11:25
Pasta-base está na lista de três drogas mais consumidas, conforme amostra parcial. (Foto: Divulgação)
Pasta-base está na lista de três drogas mais consumidas, conforme amostra parcial. (Foto: Divulgação)

Pesquisa preliminar, realizada para embasar o plano nacional de enfrentamento ao crack, apontou cenário preocupante e avanço de uma droga “de casa” em Mato Grosso do Sul.

“O resultado foi preocupante. Foram quase dois mil atendimentos de pessoas em serviços de álcool e outras drogas”, afirma a presidente da Câmara de Estudo, Pesquisa, Planejamento e Divulgação do Conselho Estadual Antidrogas, Denise Souza e Silva. Na amostra parcial, foram utilizados dados de apenas 23 entidades, sendo 15 em Campo Grande e oito no interior.

Na lista do consumo, o álcool lidera, seguido de perto pela maconha. “E a pasta-base está entre as três mais consumidas”, diz. O cenário difere do nacional, enquanto o crack assombra pela cracolândia e seu exército de desvalidos, a pasta-base assola o Estado.

Também conhecido como zuca, o entorpecente é produto da mistura de folha de coca, gasolina e cal. “Ela sobressai. Agora estamos em busca de dados concretos da realidade do consumo e tipo de drogas”, salienta.

Para traçar um perfil completo dos usuários de drogas e da rede de atendimento será lançado um novo estudo amanhã, dentro da programação do 1º Seminário Estadual sobre a Rede de Atendimento: Álcool e outras Drogas, que acontece no Círculo Militar, em Campo Grande. Serão dois dias de debates. A previsão é que resultado seja divulgado em junho do próximo ano.

O mapeamento terá dados como estrutura das instituições, localização, recursos para se manter e qual a natureza das internações. No banco de dados entrarão hospitais, Caps (Centro de Atendimento Psicossocial), comunidades terapêuticas e grupos de apoio.

Na linha de frente – Conforme Denise Souza e Silva, pela primeira vez será feita uma reunião com todos os envolvidos na ponta do atendimento ao dependente químico. “Eles fazem o primeiro acolhimento e vão apresentar o seu trabalho”, explica.

Em pauta, também estará o atendimento integrado. No Estado, são 23 conselhos municipais antidrogas. Mato Grosso do Sul ainda conta desde 2011 com uma Política Estadual Antidrogas. No entanto, segundo a conselheira, o documento não foi homologado pelo governo estadual.

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