Cidades

Pedro Chaves já cogita empréstimo para salvar Santa Casa

Redação | 19/06/2009 14:51

Ex-reitor da Uniderp (Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal), agora diretor da junta que administra a Santa Casa, o professor Pedro Chaves dos Santos Filho já cogita realizar um empréstimo junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) ou à Caixa Econômica Federal para salvar o hospital.

O financiamento seria para quitar a "dívida real" da instituição, que está em R$ 71 milhões, conforme o balanço divulgado nesta semana.

A realização do financiamento para quitar os débitos do hospital, o maior do Centro-Oeste com 835 leitos, é um sonho antigo, desde a gestão de Arthur D'Ávila Filho, em 2004, quando pretendia obter R$ 35 milhões. O projeto permaneceu nos quatro anos de intervenção sob o comando do médico Rubens Trombini Garcia, mas nenhuma instituição bancária autorizou o financiamento.

O professor explicou que fará nova auditoria na dívida, para fazer uma triagem e definir os planos de curto, médio e longo prazo. Ontem, ele conversou sobre o empréstimo com a presidente nacional da Caixa Econômica Federal, Maria Fernanda Ramos Coelho, que veio participar da abertura do 6º Feirão de Imóveis na Capital. Ela teria se mostrado receptível e pediu o encaminhamento de um cronograma de desembolso.

Além de resolver o problema da dívida, o outro desafio do novo presidente é desafogar a demanda do hospital. Ele afirmou que pretende discutir com o Governo estadual a implantação de cinco a seis unidades pólos de saúde para atender o interior do Estado. Estes locais realizariam cirurgias menos complexas. "Queremos um plano macro para Mato Grosso do Sul", afirmou Pedro Chaves, destacando que implantará o projeto graças a boa relação que mantém com o governador André Puccinelli (PMDB) e a secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi.

Diagnóstico - Ele prometeu fazer um diagnóstico da real situação da Santa Casa em 15 dias. Neste levantamento, o novo presidente quer saber de onde vêm os pacientes e quais as principais causas da superlotação.

Até os contratos terceirizados, que consumiram quase R$ 30 milhões no ano passado, ele prometeu rever. "Alguns contratos precisam ser reavaliados", antecipou, mas sem citar números. O ex-reitor explicou que buscará a equanimidade na distribuição dos resultados. "O hospital deve ficar com a fatia maior", destacou.

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