Cidades

Pediatras ameaçam suspender consultas de planos de saúde

Redação | 15/09/2009 17:20

O atendimento de médicos pediatras em Campo Grande poderá ficar mais precário nos próximos 60 dias. Após a defasagem de profissionais na rede pública de saúde, eles decidiram, em assembléia geral ontem à noite, endurecer o jogo com os planos de saúde, incluindo-se os mais importantes, como Unimed e Cassems (Caixa de Assistência dos Servidores de Mato Grosso do Sul).

Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Pediatria em Mato Grosso do Sul, Alberto Cubel Júnior, a categoria, formada por 205 médicos, quer valorização profissional e vai exigir melhor remuneração.

Caso não consigam elevar os valores pagos pelas instituições, eles prometem seguir o exemplo do Distrito Federal e descredenciar todos os planos, restringindo o atendimento às crianças somente com o pagamento de consulta particular.

Planos - Atualmente, de acordo com Cubel Júnior, os planos de saúde pagam de R$ 32 a R$ 45 por consulta aos pediatras. Eles querem que este valor passe para R$ 100, o que significa aumento de 122% a 212%.

De acordo com o presidente da SBP/MS, a pediatria é a especialidade médica com a menor remuneração no Estado de toda a área médica. "Vamos adotar uma proposta pró-ativa", alertou Cubel Júnior, sobre o ultimato a ser dado aos planos de saúde. Advogados estão estudando para definir qual será o prazo para a negociação e o aviso para o descredenciamento.

Postos de saúde - De acordo com a entidade, não falta profissional pediatra em Campo Grande, onde a proporção é de 25 pediatras para cada grupo de 100 mil habitantes, acima da média de países desenvolvidos, onde é de 17/100 mil.

"Falta política adequada", ressaltou Alberto Cubel Júnior, que está preparando um documento a ser encaminhado à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ministério Público e órgãos de imprensa.

Eles vão cobrar melhores condições de trabalho na rede pública, segurança e melhores salários. Vão exigir reajuste de 361%, dos atuais R$ 1,8 mil para R$ 8,3 mil para a jornada semanal de 20 horas.

Denunciar - A entidade ainda se prepara para fiscalizar o atendimento na rede pública de saúde, principalmente, quando crianças são atendidas por médicos sem especialização. "Não vamos aceitar crianças atendidas por não pediatras", alertou, destacando que o caso será denunciado com base no Código de

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