Cidades

Para controlar ansiedade, candidatos chegam 4h antes em locais de prova

Alguns não conseguiram ficar em casa a espera do horário da prova, outros chegaram cedo por conta do trauma dos portões fechados

Mayara Bueno, Anahi Gurgel e Danielle Valentim | 04/11/2018 10:48
Luan na frente da Uniderp esperando portão abrir. (Foto: Marina Pacheco).
Luan na frente da Uniderp esperando portão abrir. (Foto: Marina Pacheco).
As amigas Rosemary e Lindalva na frente da universidade. (Foto: Marina Pacheco).

Ansiedade, horário de verão e mesmo o medo de perder a prova fizeram com que muitos candidatos que, neste domingo (dia 4) prestam a prova do Enem, resolvessem chegar até quatro horas antes da abertura dos portões nos locais de prova, em Campo Grande.

Se considerar o horário que o teste começa a ser aplicado, às 12h, tem estudante que vai esperar cinco horas nas instituições. Luan José Pletsch, 19 anos, foi a pé da casa onde vive, no Bairro São Lourenço, até a Uniderp.

Mesmo não se preocupando muito com o trânsito, já que pulou cedo da cama, ele resolveu ir andando, por conta da ansiedade diante da prova. Do Maranhão, o jovem disse que mora há um ano em Campo Grande e, neste período, resolveu se alistar no Exército. Contudo, a vontade é de fazer Medicina ou Engenharia.

Já Felipe Marques da Silva, 18 anos, chegou às 8 horas. Da mesma forma, a ansiedade também foi grande, mesmo que o preparo para a prova também tenha sido alto. A preocupação maior é com a redação, que ele arrisca ser “fake news” o tema.

Amigas entre idas e vindas nos terminais de ônibus da Capital, Lindalva Vieira de Lima, 47 anos, e Rosimary Pereira dos Santos, 57 anos, chegaram cedo também sem combinar nada.

Alunos na frente da UCDB, na manhã deste domingo. (Foto: Danielle Valentim).

Lindalva diz que é a quarta tentativa para Pedagogia, enquanto a amiga já trabalha como assistente de educação infantil e faz o curso. Ela tenta o Enem porque possui bolsa parcial em uma universidade particular e quer conseguir uma integral.

Outro local de prova em Campo Grande é a UCDB. Por ali, a Avenida Tamandaré, principal via de acesso, já está lotada nos dois sentidos, com o trânsito lento. Para organizar o trânsito, equipes da Polícia Militar trabalham no local.

Trauma alheio - A movimentação por lá de estudantes adiantados também é grande. Com duas horas de antecedência, Tauana Martins Castro, 19 anos, disse que chegou cedo por causa do medo de perder a prova hoje. “A gente vê tantos casos e essa é minha primeira vez, não dava pra perder”.

Cinara Saraiva de Carvalho, 19 anos, presta pela segunda vez o Enen. Ela mora no Bairro Nova Lima, relativamente perto da UCDB, mas preferiu se antecipar para fazer o teste, com o objetivo de cursar Engenharia Civil.

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