Cidades

Pais podem pedir exumação de corpo de adolescente

Redação | 27/04/2010 10:50

A família da adolescente Jéssica Brandão, de 17 anos, que morreu na madrugada do último domingo, em Campo Grande, esteve hoje no 4º Distrito Policial para conversar com o delegado, Wellington de Oliveira e cobrar explicações sobre o porquê de a polícia informar que não havia sinais de violência no corpo da garota.

Foram ao local o pai, o irmão e a mãe da menina, que mais uma vez alegaram que os sinais de violência eram evidentes e que no velório todos comentavam sobre o estado do corpo.

Os pais disseram que vão esperar o resultado do laudo necroscópico e que se não apontar lesões, a família pode pedir exumação. "A família está muito intrigada", disse o pai, Moraci Pereira Brandão, ressaltando que a garota tinha lesões no rosto e na mão. "Só o que eu quero saber é o que aconteceu dentro da minha casa. Se por exemplo havia uma terceira pessoa", acrescentou.

"Não sou médico para falar que o pescoço estava quebrado, mas parecia não ter sustentação", disse o advogado da família, Edgar Calixto Paz.

Moraci ressaltou que Jéssica estudava, trabalhava e era uma menina educada. "Ela vivia um relacionamento muito bom com o namorado. Moravam dentro da minha casa, mas mesmo assim tinham hora para chegar", afirmou.

Ele afirmou, ainda que desconhecia que a garota pudesse ser usuária de drogas. Os país viajavam, para buscar mercadorias para a loja de roupas e loja de revenda de veículos pertencentes a família, mas o irmão menor sempre ficava com a irmã na casa. Por isso o pai diz que "se Jéssica talvez estivesse usando drogas era escondido". A Polícia acredita que a menina tenha morrido de overdose de cocaína, porque uma porção com 68 gramas da droga foi encontrada no quarto em que Jéssica ficava com o namorado.

Segundo o pai, a família entrou em contato com a mãe de Adriano da Costa e Silva, 25 anos, namorado de Jéssica, principal suspeito do homicídio, e ela disse não saber o paradeiro do filho. Eles dizerm que a mãe de Adriano está muito preocupada com o sumiço dele. O carro usado pelo rapaz, uma Saveiro preta, foi encontrada abandonada na BR-262, na madrugada de domingo.

Quanto aos antecedentes criminais de Moraci e do pai dele, José Coracy Brandão, admitiu apenas que ambos têm passagens por porte ilegal de armas e emendou: "mas a gente já cumpriu nossa dívida com a Justiça".

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