Cidades

Pai de PM que matou ladrão diz que filho salvou família

Redação | 30/10/2009 14:53

Um dia após o assalto que terminou com a morte do ladrão Waldeir Madureira Kruki, 33 anos, o comerciante Félix Galeano, 51 anos, conta que nunca mais vai se esquecer do dia de ontem.

"Nunca mais quero ver meus dois filhos com uma arma na cabeça", afirma o pai do soldado da PM (Polícia Militar), Igor Aguirre Galeano, que matou o assaltante.

Félix conta que Igor estava em férias e foi a sua empresa, Elétrica Galeano na rua Voluntários da Pátria, no Bairro Piratininga, ajudá-lo.

O estabelebimento seria inaugurado esta semana e o comerciante aguardava a presença de um técnico para fazer a ligação da energia elétrica.

Os dois tomavam tereré com a irmã de Igor, Denise Galeano, 27 anos, quando foram surpreendidos por um homem armado, que anunciou assalto e mandou que todos ficassem virados para a parede.

O assaltante apontou a arma para os dois filhos do comerciante e exigiu a chave da moto de Igor, que estava parada em frente à elétrica. O soldado entregou o que foi pedido.

Depois de sair do estabelecimento, o ladrão subiu na motocicleta. Kruki colocou a mão na cintura, numa demonstração de que poderia sacar a arma, quando Igor reagiu e começou a atirar.

"Não sei quantos tiros foram. Eu contei quatro, cinco, seis. Dizem que foi mais. Mas eu não sei, porque o susto que a gente levou foi grande", conta.

O comerciante afirma que foi o próprio Igor quem acionou a PM. Em aproximadamente cinco minutos, a equipe estava no local.

O corpo de Kruki tinha 11 perfurações, porém, ainda não foi esclarecido quantos tiros atingiram o ladrão. Algumas balas atravessaram o peito e o braço dele.

Após 24 anos de trabalho, Félix deixou o emprego para montar o próprio negócio. Ele afirma que não abandonará o projeto depois do que ocorreu ontem.

Todas as vítimas e uma testemunha prestaram depoimento na Corregedoria da PM.

Kruki era foragido da Colônia Penal Agrícola desde maio deste ano. Antes de ir para a unidade penal, ele já havia sido preso várias vezes, pelo menos desde 1996, a maioria por roubo.

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