Cidades

Padrasto colocou cabeça de criança em máquina de lavar roupas ligada

Graziela Rezende | 30/10/2013 11:02

A tortura na qual um jovem de 21 anos é acusado de cometer contra uma menina de 2 anos e 4 meses, além da mãe da criança, revelou uma crueldade que assustou até mesmo a Polícia. Em depoimento, a vítima ressaltou que o suspeito dava chutes e socos em seu corpo, além de colocar a cabeça da criança em uma máquina de lavar roupas cheia de água, ligando e desligando o equipamento.

“Ele foi muito cruel com a criança e a mãe, revelando que possui uma mente doentia. Hoje mesmo será indiciado por cárcere privado e tortura, crimes considerados hediondos”, revela o delegado Paulo Sérgio Lauretto, responsável pelas investigações. A outra suspeita, que seria de abuso sexual, não foi comprovada e a Polícia aguarda os laudos periciais.

Nesta quarta-feira (30), o amigo da jovem de 19 anos, que recebeu a mensagem informando sobre o que ela estava passando, prestará depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e o Adolescente). “Queremos saber mais detalhes do que realmente aconteceu naquele dia”, comenta o delegado.

Além da delegacia, o Conselho Tutelar ouviu a mãe e emitiu um relatório sobre o caso. A mãe disse que não presenciou a violência de natureza sexual e que conhecia o jovem há muito tempo, porém após um longo período é que ocorreu o reencontro. Ele, desde então, vinha insistindo para ambos morarem juntos. Na dúvida, a vítima comentou que primeiro “passaria alguns dias na casa dele”.

A mudança ocorreu na terça-feira (22), conforme o delegado. Já no outro dia ele começou a se incomodar com as bagunças da criança e iniciou as agressões. “Foi quando a jovem disse que iria embora e ele a ameaçou de morte. Na sexta, a menina falou que conseguiu convencer ele a deixar a criança com a mãe, quando ela não o denunciou por medo. No domingo, porém, enviou a mensagem a um amigo e o crime foi descoberto”, fala o delegado.

A tortura e as agressões são reincidentes no caso do suspeito, identificado como Jones Alberto Gomes Correa. Segundo o delegado, quando adolescente, o jovem de 21 anos cometeu duas infrações semelhantes, porém contra familiares. Ele permanece preso na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos). O caso continua sendo investigado.

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