Cidades

Padeiros já falam em greve por aumentos salariais

Redação | 22/04/2009 12:22

Os trabalhadores do setor panificação de Mato Grosso do Sul não descartam a possibilidade de uma greve caso não consigam um índice razoável de reajuste salarial este ano. O Sindmassa (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fabricação de Massas Alimentícias, Biscoito, Macarrão e Panificação) apresentou uma proposta de aumento de 12% ao Sindpan (Sindicato da Indústria de Panificação).

"Sabemos que o setor tem condições de conceder o reajuste à categoria, pois não compõe o ramo da economia que sofre os reflexos da crise econômica mundial", explica o secretário geral do Sindmassa, Fábio Alex Salomão.

Na proposta de CCT (Convenção Coletiva de Trabalho) a categoria pede ainda piso de R$ 550 para caixa, balconista e auxiliar de produção, R$ 500 para faxineiro, R$ 800 para padeiro, confeiteiro e salgadeiro. O outro lado oferece piso de R$ 470 para a função de faxineiro, R$ 480 para caixa, balconista e auxiliares, e de R$ 505 para padeiro.

Para reforçar as negociações, que iniciam na tarde de hoje, o sindicato dos trabalhadores contará com a presença do assessor jurídico do Sindicato dos Padeiros de São Paulo, Aparecido Álvares Tenório, que vai ajudar na argumentação sobre a necessidade de se conceder índices melhores aos trabalhadores.

Em São Paulo o piso salarial de ingresso na atividade é de 704, com auxiliar de panificação subindo para R$ 777. Na última negociação realizada pelos paulistas, a categoria obteve 10% de reposição salarial, contra uma inflação de R$ 7%, conquistando 3% de aumento real.

A reunião entre patrões e empregados será logo mais às 15h30 na sede Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul).

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