Cidades

Pacto de segurança quer garantir verba para MS e mais cinco estados

Nyelder Rodrigues e Ricardo Campos Jr., de Bonito | 18/08/2016 19:34
Secretários discutem diretrizes do pacto a ser assinado nesta sexta-feira (Foto: Alcides Neto)
Secretários discutem diretrizes do pacto a ser assinado nesta sexta-feira (Foto: Alcides Neto)

A assinatura do Pacto Interestadual de Segurança Pública entre governadores de Mato Grosso do Sul, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Rondônia, Tocantins e o ministro da Justiça, vai oficializar a integração de ações entre estes estados e também a busca de verba específica para estes estados atuarem nesta seara.

Atualmente, existe o Fundo Nacional de Segurança Pública, entretanto, ele é destinado para todo o país. Com a criação do fundo, a intenção também é a de conseguir repasses federais compulsórios para atender este pacto, reforçando assim as ações de segurança nos estados integrantes.

"Buscamos trazer apoio do governo federal para ajudar com as fronteiras desguarnecidas. O Estado sozinho não tem condições de administrar tudo", frisa o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa, um dos participantes da Câmara que fecha detalhe sobre o pacto.

O foco de atuação da segurança integrada serão os roubos e furtos a bancos - conhecidos como o "Novo Cangaço", pois quadrilhas formadas em outros estados migram para o estado alvo dos crimes -, tráfico de drogas, roubo a cargas e também homicídios realizados nestes estados, inclusive na região de fronteira.

"Realmente existe a necessidade de intensificar ações de segurança na fronteira. Uma quadrilha que atua em vários estados, por exemplo, tendo essas informações unificadas, o trabalho pode ser agilizado e ser mais eficaz", comenta o secretário estadual de Segurança Pública de Mato Grosso do Sul, José Carlos Barbosa.

Secretários de Segurança de Goiás (José Eliton) e de Mato Grosso do Sul (José Carlos Barbosa) no primeiro dia de debate (Foto: Alcides Neto)

Assinatura - A assinatura será realizada nesta sexta-feira (19) entre os governadores do Fórum Brasil Central e o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre Moraes, em Bonito, que sedia o evento este mês. Com a participação do ministério, os estados visam garantir recursos financeiros e também políticos e diplomáticos.

Como ainda não há destinação de recursos específicos para os estados que vão assinar o pacto, as ações integradas entre estas unidades da federação ocorre com recursos próprios estaduais.

O pacto já vem sendo discutindo há algum tempo e, sendo criado em Brasília (DF) o Comitê Nacional de Inteligência para definir as estratégias para combater o crime organizado. A intenção é, no futuro, criar uma mecanismo único que defina estratégias de segurança pública todos os estados.

As discussões a cerca desta unificação no Fórum Brasil Central começam hoje (18) com o encontro dos secretários de segurança pública dos seis estados representados em Bonito na Câmara de Segurança Pública.

"Hoje o pacto começou a ser implantado e tem que se perpetuar", destaca a secretária de Segurança do Distrito Federal, Márcia Alencar, que também é vice-presidente do pacto e frisa a importância de conseguir um repasse federal fixo.

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