Cidades

Operação Ágata tem pelotão contra material radioativo

Paula Maciulevicius | 24/10/2012 13:57
A atuação do Pelotão foi em diversos pontos dentro dos 4,2 mil quilômetros de fronteira onde o Exército esteve durante a Operação. (Foto: Rodrigo Pazinato)
A atuação do Pelotão foi em diversos pontos dentro dos 4,2 mil quilômetros de fronteira onde o Exército esteve durante a Operação. (Foto: Rodrigo Pazinato)

A Operação Ágata realizada durante 15 dias neste mês de outubro pelo Ministério da Defesa, em 4,2 mil quilômetros de fronteira em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, contou com o trabalho do 1° Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear, de Goiânia. Ação foi resultado da preocupação pela passagem de agentes químicos, biológicos e nucleares na fronteira de Mato Grosso do Sul.

Segundo a Seção de Comunicação Social do CMO (Comando Militar do Oeste), o Pelotão veio de Goiânia para participar e treinar durante a operação. “Eles aproveitaram para verificar se existe passagem de material radioativo na nossa fronteira”, disse o chefe da Seção de Comunicação Social, tenente-coronel Moretto.

Sobre as apreensões de material radioativo, o Comando Militar do Oeste se resumiu a dizer apenas que ainda estão fazendo levantamentos.  

A atuação do Pelotão foi em diversos pontos e, de acordo com o CMO, os locais podem vir a ser utilizados caso exista a informação de passagem de materiais.

O 1º Pelotão trabalha se baseando na análise do risco decorrente de ambientes contaminados por agentes químicos, biológicos ou nucleares. Em cima desta análise, os integrantes do Pelotão emitem o nível de vulnerabilidade das tropas e população em geral, na determinada área de operação. Os integrantes do Pelotão retornaram para Goiânia ao final da Operação Ágata, encerrada na meia-noite da última segunda-feira (22).

A atividade dos militares é de monitorar os níveis de contaminação com equipamentos de detecção de agentes químicos, biológicos ou radiológicos e realizar trabalhos de descontaminação de todo pessoal e material envolvido na área sob indício de contaminação.

“O risco ocorre principalmente para as pessoas que lidam com este tipo de material, sem a proteção adequada. Quando se lida com estes materiais sem controle e orientação, pode estar exposto aos riscos e desenvolvimento de doenças como determinados tipos de Câncer”, finalizou o tenente-coronel.

Operação Ágata - A Operação começou no dia 9 de outubro, coordenada pelo Ministério da Defesa, contou com a participação integrada da Marinha, do Exército, da Força Aérea, agências reguladoras e órgãos de fiscalização e segurança.

Conforme divulgado pelo Ministério da Defesa, na ação realizada nos 4,2 mil quilômetros de fronteira em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia e Acre, foram fiscalizados: 6.530 embarcações, sendo que 674 foram notificadas; 35 mil veículos; 17 mil pedestres; 132 aeronaves civis e 88 aeródromos.

Foram 367 bloqueios em estradas e rios; 740 patrulhas; 226 reconhecimentos eletrônicos por aeronaves e 39 fiscalizações de produtos controlados. De acordo com o Ministério da Defesa, foram apreendidos 67 veículos, 201 embarcações, 3,7 toneladas de entorpecentes, R$ 2.132.682,00 em mercadorias contrabandeadas, 15 armas e 758 cartuchos de vários calibres. 

Também foram feitas 12 detenções e prisões, 19.510 pessoas receberam algum tipo de atendimento, 10.600 receberam atendimento médico e 2.630 odontológico.

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