Cidades

No dia do servidor público, professores pedem salário melhor

Wendell Reis | 28/10/2011 16:01
Professora afirma que máxima de que servidor não trabalha não vale para educadores (Foto:Wendell Reis)
Professora afirma que máxima de que servidor não trabalha não vale para educadores (Foto:Wendell Reis)

A maioria dos servidores públicos está satisfeito com o desenvolvimento da estrutura nas escolas nos últimos anos. Porém, a insatisfação com os salários ainda lidera a reclamação da maioria. No Dia do Servidor Público, comemorado nesta sexta-feira (28), o Campo Grande News ouviu alguns profissionais da educação para falar sobre o trabalho realizado e a opinião “equivocada” dos que alegam que servidor público não trabalha.

Carla Regina Resquin é professora há 25 anos e virou servidora porque queria ser professora e para garantir estabilidade. Entretanto, passados vários anos, analisa que o servidor ainda não é devidamente valorizado, principalmente na questão salarial. Ela lembra que muitos trabalhadores ganham menos de R$ 1 mil. “Não dá para viver assim. O servidor é desvalorizado e desmotivado. Os professores trabalham e muito”.

A diretora de escola, Maria Cristina Gonçalves de Oliveira, é servidora há 27 anos e diz que sempre ouviu o estigma de que servidor não faz nada, o que não é a realidade: “Muito pelo contrário. Trabalha e muito. Mas, a questão financeira tem que melhorar. Tem que acabar este estigma de que o servidor não faz nada. Querendo ou não, quem move a cidade é o servidor”.

A diretora lembra que não pode reclamar de investimentos, pois a política pública obriga o governo a investir, o que tem melhorado as condições de trabalho, ficando devendo apenas na questão salarial.

João Carlos Ximenes da Silva é servidor há 24 anos. Engenheiro formado, ele começou a dar aulas para fazer bico e acabou virando professor. Para ele, a maioria dos profissionais atende bem a população. Entretanto, reconhece que há exceções, em casos de falta de humanismo: “Você pode tratar melhor as pessoas e com isso ser respeitado também”.

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